Homens armados invadiram a Universidade de Cabul nesta segunda-feira (2) no Afeganistão, e um confronto que durou cinco horas deixou 19 mortos e 22 feridos.
A informação é do Ministério do Interior afegão, que também informou que três agressores foram mortos no tiroteio.
Em meio a uma onda crescente de violência no país, é o segundo ataque a um centro educacional em uma semana.
Um estudante universitário disse a jornalistas que o grupo estava armado com pistolas e fuzis Kalashnikov na universidade, que é a mais antiga do país e tem cerca de 17 mil alunos.
Ele disse que o ataque ocorreu no lado leste da universidade, onde ficam as faculdades de direito e de jornalismo.
Alunos foram vistos fugindo do local e, durante o confronto, explosões esporádicas de granadas e disparos de armas automáticas ecoaram pelas ruas vazias ao redor da universidade.
Mais de 20 estudantes e funcionários da faculdade foram feitos reféns durante o cerco à universidade, segundo o jornal “The New York Times”.
A imprensa afegã diz que uma feira de livros estava sendo realizada na universidade no momento do confronto.
Negociações com o Talibã
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque até o momento. O Talibã negou qualquer participação
Em 2018, um atentado perto da universidade deixou ao menos 26 mortos e 18 feridos. Na época, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
As mortes ocorrem em meio a negociações de paz entre o governo do país e o Talibã. A tentativa de acordo é apoiada pelos Estados Unidos, que querem retirar suas tropas do Afeganistão.
Os EUA assinaram um acordo com o Talibã em fevereiro e se comprometeram a retirar tropas americanas e da Otan do Afeganistão até abril de 2021.
Os EUA estão no país desde 7 de outubro de 2001, quando invadiram o Afeganistão em resposta aos ataques do 11 de Setembro.
G1