O professor Valdiney Veloso, nomeado novo reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), concedeu entrevista à TV Cabo Branco nesta quinta-feira (5). Ele comentou sobre o fato de ter sido o terceiro colocado na lista tríplice e não ter tido nenhum voto do Conselho Pleno da instituição.
“Normal, dado que é um processo e o processo não se encerra com a consulta pública, não é uma eleição, é uma consulta pública, encerra-se com a nomeação do presidente”. O novo reitor também acrescentou que o presidente o considerou como a “melhor opção para esta conjuntura e este momento”.
A nomeação de Valdiney Veloso gerou polêmica, e o Comitê de Mobilização pela Autonomia e contra a Intervenção na UFPB, composto por diversas entidades e coletivos da comunidade acadêmica da instituição, divulgou uma nota de repúdio.
“Não vamos aceitar esta intervenção, pois não foi esta a nossa escolha. A comunidade acadêmica da UFPB escolheu a Chapa 2 nas eleições, elegendo a Professora Terezinha Martins tanto na consulta eleitoral como nos Conselhos Superiores. O professor Valdiney contou com 5% de votos na consulta e no colégio dos Conselhos Superiores não teve um único voto. A nomeação é flagrantemente ilegítima, desrespeitando a autonomia universitária e faz parte do contínuo projeto de destruição do ensino público”, diz a nota.
Nova gestão
Conforme Valdiney Veloso, a Universidade Federal da Paraíba irá buscar parcerias com empresas “que venham a somar, que venham a trazer bolsas, recursos pra pesquisas e pra extensão”, enfatizou, acrescentando que não se pode ficar “estirando a mão e pedindo do governo federal”.
Além disso, o professor comentou sobre o laboratório que a instituição possui e que faz testagem de Covid-19. “Por que não começar a testar nossos servidores, nossos professores, nossos estudantes?”, disse sobre a possível volta das atividades presenciais na UFPB.
Valdiney Veloso afirmou ter como umas das prioridades na gestão fazer com que a instituição suba na posição do ranking das melhores universidades federais do Nordeste. Atualmente, a UFPB é a quinta da lista.
O professor também declarou que a instituição tem que servir mais ao público. “Nós queremos uma universidade que seja efetivamente pública […] que a sociedade nos olhe com bons olhos e que entenda que ali está a parceira para construir condições de vida melhores, situações de empregos mais favoráveis”, disse.
Sobre as obras inacabadas da instituição, o professor explica que é preciso entender se o problema é financeiro ou jurídico, para então executar uma resolução. “Difícil prometer quando nós não conhecemos a situação real”, acrescentou.
G1 PB