Uma campanha de financiamento coletivo para a preservação das matrizes de xilogravura do artista paraibano José Costa Leite foi lançada nesta sexta-feira (20), pelo Museu Câmara Cascudo. O projeto tem como meta arrecadar R$ 121.000 para a preservação das obras do artista, que estão guardadas de forma precária em sua casa no município de Condado, em Pernambuco
Em 73 anos de atividades, Costa Leite tem mais de mil cordéis publicados e um acervo pessoal de quase 650 matrizes de xilogravura, além de inúmeras outras obras espalhadas pelo Brasil.
A campanha vai até o dia 20 dezembro e até a publicação da matéria, já tinha arrecadado R$ 4.320 na plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria.
De acordo com o museu, a ideia é garantir a preservação das mais de 600 matrizes de xilogravura de Costa Leite. São blocos de madeira de diferentes dimensões, onde ficam gravadas as obras. O projeto pretende digitalizar de todas as peças e realizar uma divulgação do acervo pela internet. Depois, o material vai fazer parte de exposições e publicações.
Poeta, editor e xilógrafo de cordel da Paraíba, José Costa Leite — Foto: Museu Câmara Cascudo/UFRN
Os participantes da campanha recebem recompensas de acordo com o valor doado. Para os menores valores, um fundo de tela com uma obra exclusiva do artista será disponibilizado, mas quem escolher a doação máxima, vai ganhar uma uma matriz de xilogravura inédita de José Costa Leite.
Reconhecido nacional e internacionalmente, o poeta e xilogravurista tem 93 anos e seus primeiros trabalhos foram lançados no final dos anos 1940, com os cordéis Eduardo e Alzira e Discussão de José Costa com Manuel Vicente. Em seu terceiro cordel, o próprio artista fez a ilustração da capa em xilogravura e assim, uniu a arte visual à poesia.
Campanha de financiamento coletivo propõe a preservação de mais de 600 matrizes de xilogravura do paraibano José Costa Leite — Foto: Museu Câmara Cascudo/UFRN
G1