Cerca de 45% dos casos de Aids em adultos na Paraíba foram originados em relações sexuais heterossexuais, de 2018 a outubro de 2020, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde do estado. De janeiro a outubro de 2020, 318 pessoas tiveram diagnóstico positivo de infecção pelo vírus HIV.
Sobre os dados de exposição hierarquizada de Aids em adultos, por categoria, a principal via de transmissão foi a sexual e o predomínio de exposição é a heterossexual, com 45,6%, homossexual, com 19,5%, e bissexual, com 3%.
De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (1°), entre os anos de 2018 e 2019 foram diagnosticados precocemente 1.320 novos casos de HIV. No ano de 2020 até o mês de outubro foram diagnosticados 318 novos casos de HIV, valor que representa uma redução de 47% no diagnóstico de novos casos quando comparado ao mesmo período do ano de 2019 (598 novos casos) – a SES-PB acredita que a redução do diagnóstico sugere uma situação de subnotificação de casos em consequência da pandemia de Covid-19.
Além dos casos de infecção, 147 das 318 pessoas com o vírus HIV desenvolveram Aids, conforme o boletim. Em relação aos casos de Aids notificados do ano de 2018 para 2019, houve uma pequena diminuição de 439 casos notificados para 430 casos, respectivamente.
Em relação à distribuição de casos de Aids segundo o sexo, a Paraíba são 103 casos notificados em homens, e 44 em mulheres. Por faixa etária, a maior concentração dos casos de Aids incide em pessoas com idade entre 20 a 49 anos, de ambos os sexos, que corresponde a 79,1% dos casos. Os casos, nessa faixa etária, correspondem a 75,9% no sexo masculino e 24,1% no sexo feminino
Em relação ao vírus HIV em gestantes, foram notificados 300 casos no ano de 2018 a outubro de 2020. Houve um aumento de janeiro a outubro de 2020 em relação ao mesmo período em 2019 de 7,3%.
Ainda segundo o boletim, as regiões de saúde com maior incidência de detecção de casos de HIV foram a 1ª (região de João Pessoa), 3ª (região de Esperança) e 5ª (região de Monteiro).
Já de casos de Aids foram a 13ª (região de Pombal), 1ª (região de João Pessoa) e 12ª (região de Pedras de Fogo), em 2020. Confira os municípios que compõem as regiões.
Quanto à mortalidade, de acordo com o boletim, no ano de 2019 foi registrado no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) um total de 145 mortes por Aids. Os municípios com os maiores números de mortes são: João Pessoa (43), Campina Grande (16), Santa Rita (8), Bayeux (5) e Sousa (5).
Tratamento
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/3/h/GNsWMuS9uW8xdBrNdL4g/aids-fachada-clementino-fraga-pag.capa-cad.cidades-kleide-teixeira-339688.jpg)
Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa é referência estadual no tratamento do HIV/Aids — Foto: Kleide Teixeira / Jornal da Paraíba
Segundo a secretaria estadual de saúde, há 7.224 pessoas em tratamento de antirretroviral, com medicação distribuída regularmente dentro de nove serviços de dispensação distribuídos nas três macrorregiões de saúde.
O Complexo Hospitalar Clementino Fraga, em João Pessoa, é a referência estadual de diagnóstico e tratamento do HIV/Aids e oferece ao público Atendimento Domiciliar Terapêutico (ADT), um serviço de assistência diária com uma equipe multidisciplinar, além de testes.
Em Campina Grande, a partir das 8h até às 16h desta terça-feira (1º), a Praça da Bandeira recebe uma ação de prevenção contra a Aids, com realização de testes e distribuição de preservativos. A iniciativa é promovida pela Secretaria Municipal de Saúde do municípios, e também vai promover exames para Sífilis e Hepatites B e C. Ao menos 1.269 pessoas convivem com a Aids na cidade, e até outubro desde ano, novos 82 casos foram identificados. A cidade tem como referência para tratamento o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), que fica na Rua Siqueira Campos, 658, no bairro da Prata.
G1