O caso padre Antônio Evandro de Oliveira, pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Livramento, no Sertão paraibano, ao se referir como aberração LGBTs, se for denunciado às autoridades policiais será analisado o contexto o qual foi feito o discurso. O vídeo, da homilia do religioso, ganhou repercussão nesta semana e gerou polêmica entre os segmentos da sociedade.
A reportagem do ClickPB tentou falar com o delegado da cidade de Livramento para saber se houve denúncias a respeito, mas as ligações não foram atendidas. Caso ocorra denúncias, o caso será investigado pela Polícia Civil da localidade. Em conversa com o delegado da Delegacia Especializada Contra Crimes Homofóbicos de João Pessoa, Marcelo Falcone, que não é responsável por possíveis investigações, mas que trabalha com o assunto, destacou ser necessário analisar contexto e o discurso completo do padre antes de emitir se houve crime.
Segundo Falcone, é preciso verificar, por completo, o vídeo em que o padre aparece falando sobre o assunto. Ele informou que apenas viu um trecho nas redes sociais, mas não sabe se houve edições antes da publicação na semana. “Todo fato, quando que vai ser levado a uma investigação policial , quando existe uma instauração de um inquérito policial, tem que ser amplamente investigado. É muito temerário a gente emitir uma opinião se foi, não foi crime”, comentou.
O delegado lembrou que no sistema jurídico penal, uma pessoa só é considerada culpada quando há ‘trânsito em julgado’. “Então existem várias posições, várias interpretações nesse sentido, inclusive com a preleção religiosa também”, frisou. Destacou que algumas pessoas podem entender como discurso de preconceito uma situação, outras não. Lembrou ainda que se faz necessário uma investigação em torno do caso para saber se procede ou não como crime.
ClickPB