Mulheres dedicam 13 horas a mais do que homens na Paraíba em atividades domésticas; diferença é a maior do Brasil

As mulheres na Paraíba dedicam 13,3 horas a mais do que os homens quanto a questão das atividades domésticas. A diferença, de acordo com dados Estatísticas de Gênero do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  – Indicadores sociais das mulheres no Brasil – é a maior do País. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (04).  

Com base em dados de 2019, a 2ª edição do levantamento aponta que enquanto o grupo masculino dedica, em média, 11,7 horas semanais a essas atividades, a parcela feminina da população de 14 anos ou mais empenha, por semana, 25,1 horas.

Confira a tabela:

A discrepância paraibana, de 13,3 horas, está acima da nacional (10,4 horas), seguindo a tendência dos demais indicadores. Na média brasileira, as mulheres destinam cerca de 21,4 horas semanais a esses afazeres, ao passo que para os homens essa quantidade é de 11 horas.

O estudo observou ainda que, na Paraíba, há diferenças dentro do próprio grupo feminino, de modo que a média de horas dedicadas a essas atividades é maior entre as pretas e pardas (26 horas), do que entre as brancas (23,1 horas). Em menor escala, a mesma situação foi identificada nas médias brasileiras, de 22 horas e 20,7 horas, respectivamente.

Trabalho fora de casa

Em relação ao trabalho fora de casa, a desocupação paraibana é mais intensa junto às mulheres, com uma taxa de 15,5%, do que entre os homens (10,3%). Nessa comparação, a diferença das taxas (5,2 pontos percentuais) é a 3ª maior do Nordeste e a 10ª do Brasil. Ainda quanto ao grupo feminino no estado, esse indicador é mais forte entre a parcela preta ou parda (15,9%), do que entre a branca (14,4%).

Ao analisar outros aspectos do mercado de trabalho, a pesquisa indica que as mulheres eram, em 2019, maioria entre os docentes de ensino superior no estado, representando cerca de 50,4%, a 2ª maior proporção do país, igual à do Mato Grosso. Ou seja, dos 10.047 servidores dessa categoria, afastados e em exercício, distribuídos em diferentes instituições de educação, 5.060 eram mulheres.

Por outro lado, o estudo verificou que, das cerca de 36 mil pessoas que ocupavam cargos gerenciais no estado, apenas 37,6% eram mulheres. O percentual foi similar à média brasileira (37,4%), mas ficou abaixo da nordestina (40,9%).

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