Com o aprofundamento da crise sanitária, e o sufocamento de praticamente todas as regiões do estado, impactados pela escassez de leitos de UTI para pacientes infectados com a Covid-19, a cisão entre o governador João Azevêdo e o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima – que jamais havia sido sanada – voltou a se intensificar.
Bruno reacendeu o velho discurso de que Campina Grande é vítima de perseguição política e administrativa por parte do Governo da Paraíba. João, criticou o discurso bairrista de Bruno, de que Campina não pode ser penalizada pelo descumprimento da medidas de isolamento social na grande João Pessoa.
Em meio a isso tudo: o caos na saúde, com a ‘fila da morte’ e a explosão de casos de Covid-19, em toda a Paraíba.
Na prática, em uma semana de recordes de óbitos ocasionados pelo vírus, e em meio à discussão sobre a regulação de pacientes, a falta de celeridade e distribuição das vacinas, e da lentidão para a definição de mais um decreto, ambos os governantes se veem diante de mais uma disputa de narrativas, com ambos tentando se afastar do ônus político de uma crise de proporções gigantescas.