ENTREVISTA: Músico caririzeiro aproveita período de isolamento social para lançar canção de louvor

Nascido no Cariri Paraibano especialmente no município de Livramento, o músico Emerson Vilar, ou melhor, Mercinho do Acordeon é um autêntico forrozeiro. Herdeiro de uma família de grandes músicos, em sua árvore genealógica estão: seu avô maestro Pedro Antão; pai maestro Ubiratan Ramalho (Bira).

Mercinho dedicou-se a tocar teclado, acordeon e cantar. Em sua carreira participou de várias bandas e, acompanhou vários artistas entre eles o saudoso forrozeiro Pinto do Acordeon.

Como a música faz parte de seu “DNA”, Mercinho apresentou ao seu público uma nova canção, dentro do gênero forró, mas, com uma mensagem especial.

Em conversa com o CARIRI EM AÇÃO, o artista faz uma narrativa de sua história e lança o Vídeo Clip da canção “O Escudo” (Voz da Verdade):

C.E.A. O que representa a música em sua vida?  

M.A: Representa tudo que sou como ser humano, e tudo que conquistei foi através da música, ela me proporcionou os melhores momentos da minha vida e me deu amigos de verdade dentro e fora da música.   

C.E.A. Qual foi o aprendizado e a experiência que você obteve tocando para Pinto do Acordeon. Levando em consideração que você toca o mesmo instrumento que ele tocava?

M.A: Aprendi muito com Pinto do Acordeon, um ser humano fantástico de uma sensibilidade ímpar. Com ele, aprendi a ser um profissional de verdade, eu não conheci Luiz Gonzaga pessoalmente, mas convivi com um dos seus discípulos. Como o próprio Luiz Gonzaga disse! “Pinto você é o mais caro dos meus discípulos”, na canção Luiz Gonzaga participou no disco de Pinto. Então pra mim foi uma honra participar e beber dessa fonte de cultura e poesia.

C.E.A. Já que você é forrozeiro. Como surgiu a ideia de lançar uma música de louvor? 

M.A.  Eu acho o xote o ritmo mais gostoso de escutar e de dançar. Eu ouvi essa canção interpretada pelo grande cantor Agnaldo Timóteo, me emocionei, aí pensei: vou “nordestinizar” esse louvor, porque estamos precisando muito de Deus nos nossos corações, e a letra fala tudo que Deus pode fazer por nós ele realmente é o nosso Escudo. O escudo para quem nele crer.

C.E.A. Você colocará em seu repertorio mais canções de louvor?

M.A: Com certeza. Irei cantar e gravar mais louvores, o forró a gente canta com a emoção; o louvor a gente canta com a emoção e com a alma. E nesse tempo de pandemia precisamos estar conectados com Deus, pedindo e louvando o seu nome. E a música que é a melhor forma que tenho de expressar a grandeza de Deus.

C.E.A.  Qual a lição que os artistas devem aprender pós – pandemia?

M.A: Nos artistas estamos sendo os mais afetados, e ainda temos forças pra continuar, com certeza sairemos mais fortes e unidos.  Infelizmente o Poder Público não ver que a música tem um poder divino de acalmar de alegrar mais a vida. Já imaginaram a vida sem a música. Como seria? Eu digo que nós não escolhemos a música, ela que nos escolhe. Por entre pedras e espinhos entre veredas e caminhos, haverá sempre um novo amanhecer e o sol há de brilhar!

VEJA O VÍDEO:

Por: Marcos Lima

Redação do Cariri Em Ação