Bernie Madoff, de 82 anos, o norte-americano responsável por um golpe financeiro que é considerado o maior da história, morreu nesta quarta-feira (14) em uma penitenciária federal dos EUA.
De acordo com os primeiros relatos, ele morreu de causas naturais no centro médico de Butner, na Carolina do Norte.
No ano passado, os advogados de Madoff pediram para que ele fosse solto por causa do risco de contágio pelo coronavírus na cadeia. Ele tinha uma doença renal. O pedido foi negado.
Madoff admitiu que enganou milhares de pessoas e ficou com bilhões de dólares que elas achavam que iriam para investimentos.
Ele tinha organizado um esquema de pirâmide financeira. Foi possível recuperar mais de US$ 13 bilhões. Estima-se que, no total, ele tenha se apropriado de US$ 17,5 bilhões.
Quando Madoff foi preso, os clientes dele tinham declarações, que se mostraram falsas, que garantia a eles que tinham US$ 60 bilhões em contas (que também eram falsas).
Foram mais de 30 mil vítimas ao redor do mundo. Madoff foi condenado em 2009 a 150 anos de prisão.
Em dezembro de 2008, Madoff confessou aos seus dois filhos que a sua operação financeira era, na verdade, “uma grande mentira”. Os dois relataram a conversa às autoridades. Ele foi preso no dia seguinte.
Guru financeiro
Por décadas, Madoff teve uma imagem de guru financeiro que conseguia resultados que desafiavam as flutuações do mercado.
Ex-presidente da Nasdaq, ele atraiu uma legião dedicada de clientes de investimento —de aposentados da Flórida a celebridades como o famoso diretor de cinema Steven Spielberg.
Mas seu negócio de consultoria de investimento foi exposto em 2008 como um esquema bilionário de pirâmide financeira que destruiu a fortuna das pessoas e arruinou instituições de caridade e fundações.
Ele se tornou tão odiado que teve que usar um colete à prova de balas para ir ao tribunal. Madoff se confessou culpado em março de 2009 de fraude e outras acusações, dizendo que estava “profundamente arrependido e envergonhado”.
G1