O Brasil registrou nesta terça-feira (13) 3.687 novas mortes por Covid-19. Em relação à média móvel de mortes nos últimos sete dias, esse número é de 3.051.
Apesar de não ser um novo recorde, o número de hoje está entre os dez maiores valores de média móvel de óbitos registrados. Só neste mês, é a sexta vez que esse número passa de 3.000.
Ainda, o número de casos nas últimas 24 horas foi de 80.157.
Com isso, o total de mortes no país chegou a 358.718 e o de casos a 13.601.566 desde o início da pandemia.
Na última segunda-feira (12), o país registrou a maior média de mortes diárias por Covid-19 desde o começo da pandemia, segundo dados levantados junto às secretarias estaduais de saúde.
Os dados do país, coletados até às 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Com esses números, o Brasil é hoje o país onde mais se morre pela pandemia. Logo atrás estão Estados Unidos, com população 56% maior que a brasileira, mas média de 970 mortos diariamente. Na sequência vem a Índia, com quase seis vezes mais habitantes que o Brasil, e média de 664 mortos por dia. Os dados são do Our World in Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford.
Além do número de mortes elevado, o Brasil vive uma situação da Covid-19 diferente desde o mês de março, o mais mortífero da pandemia até agora: pela primeira vez os jovens com menos de 40 anos são maioria entre os internados nas UTIs no país.
De acordo com dados da plataforma UTIs Brasileiras, da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), 52,2% das internações de UTIs em março se deram para pessoas até 40 anos, e o total de pacientes que necessitaram de ventilação mecânica atingiu 58,1%.
Apesar disso, o isolamento social em algumas regiões, como o estado de São Paulo, o mais populoso, segue em declínio.
O consórcio também atualizou as informações repassadas sobre a vacinação contra a Covid-19.
Já foram aplicadas no total 32.150.849 doses de vacina (24.433.064 da primeira dose e 7.717.785 da segunda dose), de acordo com as informações disponibilizadas pelas secretarias de Saúde.
Na última segunda-feira (12), a diretoria-geral da OMS avaliou a situação da pandemia como crescente em todo o mundo e disse que somente vacinas não vão resolver o problema, mas sim uma combinação de medidas sanitárias para conter a circulação do vírus, como uso de máscaras e distanciamento social, e a distribuição igualitária das vacinas.
“As vacinas estão chegando, mas elas não estão ainda aqui [em quantidades suficientes]. Nós precisamos enfatizar a importância das medidas sanitárias, os governos precisam dar apoio consistente às populações para elas cumprirem as medidas. Não é vacina apenas, é vacina com medidas restritivas”, afirmou Maria van Kerkhove, líder técnica para Covid-19 da entidade.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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