Uma manifestação denunciando os crimes de violência contra a mulher será realizada nesta quinta-feira (29), a partir das 15h, no Parque da Lagoa Solon de Lucena, ao lado das paradas de ônibus, em João Pessoa. A ação, que é organizada pelo movimento Olga Benário, pede Justiça para a jovem Patrícia Roberta de 22 anos, que foi morta e teve o corpo encontrado em um matagal no bairro do novo Geisel, na última terça-feira (27). O principal suspeito do crime é um amigo de infância da jovem, Jonathan Henrique Conceição dos Santos, preso no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
Como apurou o ClickPB, a coordenação do ato destaca diversos outros crimes recentes que foram praticados contra mulheres na Paraíba. “Juntamente ao caso de Patrícia, a Cláudia Gomes de 29 anos, mãe de duas crianças autistas e que foi assassinada a facadas pelo seu ex-companheiro que não aceitava o fim do relacionamento, de Raquel Floriano, 32 anos, assassinada a facadas pelo ex-marido, e o caso de Vanusa Pereira da Silva, 47 anos, que também foi assassinada com um golpe de faca no pescoço”, denunciam.
De acordo com dados da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds), 19 mulheres foram mortas nos primeiros três meses de 2021 na Paraíba. Oito mulheres foram mortas só em março. Em 2020, 93 mortes violentas de mulheres foram registradas em todo o estado.
O crime de feminicídio se caracteriza pelo assassinato de uma mulher pelo menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Considerado crime hediondo, o feminicídio foi inserido no Código Penal como a qualificação do crime de homicídio em 2015. Com isso, a pena pelo crime aumentou, uma vez que o homicídio simples tem pena de seis meses a 20 anos de prisão, e o de feminicídio, um homicídio qualificado, de 12 a 30 anos de prisão.
ClickPB