Os jogadores da Seleção Brasileira decidiram, apesar da insatisfação, disputar a Copa América, que começa no próximo domingo (13/6). Conforme antecipou o blog Drible de Corpo no domingo (6/6), a participação ocorrerá sob protestos, devido à maneira com que o evento foi organizado, mesmo em meio à pandemia da covid-19.
O Brasil vai estrear no estádio Mané Garrincha, em Brasília, com um elenco parecido com o que está reunido para os jogos das Eliminatórias. A lista de atletas selecionados tem previsão para ser anunciada na quarta-feira (9/6).
Desde semana passada, quando o Brasil foi anunciado como sede, depois das recusas de Argentina e Colômbia, os atletas discutiram sobre um possível boicote. A ideia foi debatida com líderes de outras seleções sul-americanas, mas a decisão não seguiu adiante pela falta de consenso.
Após as ameaças de boicote, deputados da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro não economizam nas críticas a Tite e defenderam que o técnico deveria ser demitido e substituído por Renato Gaúcho, que teria autonomia para convocar um novo time para participar da competição.
As entrevistas coletivas dos jogadores foram canceladas, com exceção do volante Casemiro, que afirmou que todos já sabiam sobre a posição dos atletas e da comissão técnica de Tite sobre o assunto. Ainda nesta quarta, os atletas e funcionários da Seleção que desejarem poderão se vacinar, mas essa não será uma exigência para os participantes da Copa América. A imunização será na sede da Conmebol, no Paraguai.
Envolvimento do presidente
Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (7/6), que não tem nada a ver com a reação dos atletas em participar da Copa América no país. Segundo ele, a participação foi apenas para garantir a realização do jogo: “No tocante a jogador, técnico, estou fora dessa. Não tenho nada a ver com isso aí”.
Correio Braziliense / Foto: Lucas Figueiredo/CBF