O projeto Terapia Assistida por Animais (TAA): cães solidários, desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), será implantado nos hospitais da Unimed João Pessoa a partir do próximo mês de julho. Por meio de uma parceria entre a Universidade e a cooperativa, a ação, que consiste na visitação de cães a ambientes hospitalares, ganhou o nome de “PET terapia Unimed-JP”.
Segundo o coordenador do projeto, Prof. Eduardo Sérgio, além dos hospitais da Unimed João Pessoa – Hospital Alberto Urquiza Wanderley e Hospital Pediátrico Moacir Dantas – e do HULW, o projeto também pode ser ampliado, conforme demanda, para asilos, creches, entre outras instituições que se interessem pela aplicação da terapia complementar.
Realizadas há quatro anos nos setores de Pediatria e Clínica Médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), as visitas do projeto TAA: cães solidários estavam suspensas em virtude da pandemia de Covid-19. Segundo o coordenador do projeto, o diretor do Centro de Ciências Médicas (CCM) Prof. Eduardo Sérgio Soares, a ação de extensão deverá ser retomada no HULW após avaliação da Comissão de Biossegurança da Universidade.
Ele explicou que a terapia se aplica a pacientes de todas as faixas etárias, desde crianças a idosos, e que trazem benefícios também para familiares, acompanhantes, para a equipe do hospital e para os próprios voluntários. As visitas aos pacientes do HULW ocorriam uma vez por semana e alegravam um ambiente que, pela natureza, é marcado por estresse. A presença dos bichinhos representa uma pausa para um momento de descontração e leveza, principalmente para pacientes em longos períodos de internação.
O superintendente do HULW, Dr. Marcelo Tissiani, disse que o objeto do projeto é de suma relevância, porém em virtude da pandemia ainda não está sendo retomado no HULW. “O tratamento com PETs ajuda, realmente, na recuperação dos pacientes em todos os hospitais e em qualquer âmbito hospitalar ou fora do ambiente hospitalar. Porém, nesse momento, em virtude da pandemia, nós estamos, até, com a restrição de visita dos familiares. Vamos aguardar aí como as autoridades começam a apresentar as flexibilizações e, em breve, sim, estaremos novamente com esse projeto, que vai passar pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) para poder reativar”, explicou Tissiani.
Para que a terapia alcance os resultados esperados, a visitação requer diversos cuidados prévios, como um treinamento dos cães e seleção de quais pacientes podem ser visitados e em que horários, por exemplo, para que os tratamentos não sejam comprometidos. “É uma intervenção planejada, dirigida por profissionais que utilizam os cães como terapia. Não pode ser aplicada em unidades de urgência, de tratamento intensivo ou de doenças infectocontagiosas”, ressaltou o diretor do CCM.
O projeto Terapia Assistida por Animais (TAA): cães solidários é uma iniciativa do Centro de Ciências Médicas da UFPB e envolve professores, alunos de Medicina e de outros cursos da Universidade, além de voluntários. Os integrantes do projeto disponibilizam seus animais de estimação e participam das visitas como tutores dos cães. Atualmente, são cerca de 30 pessoas envolvidas na ação, além de um “time” de 12 cães.
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