Contrário ao voto impresso, o deputado federal Rafafá (PSDB), no cargo desde abril após a licença de Pedro Cunha Lima, questiona a tentativa de mudança no pleito das eleições com a proposta do voto impresso. Para ele, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) representa “atraso e gasto desnecessário, a urna eletrônica funcionou tão bem até hoje e elegeu todo mundo”, ao considerar que, ao longo de mais de duas décadas, o sistema eleitoral brasileiro nunca apresentou nenhuma falha.
Segundo ele, não há justificativa para levantar suspeitas ou duvidar do sistema eleitoral, vigente há 25 anos. “Todos nós crescemos vendo a urna eletrônica, e todo mundo que estar no poder hoje, foi por meio da urna eletrônica, sem precisar desse voto impresso. Quer dizer que agora as urnas não servem mais? Não é assim não. Isso representa um gasto gigante, e desqualifica a atuação dos tribunais eleitorais”, destacou.
Na última segunda-feira (28), o deputado Filipe Barros (PSL-PR), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, deu voto favorável à impressão em papel de comprovante do voto dado na urna eletrônica. No entanto, oposição e aliados pediram vista do relatório, adiando a discussão e a votação por duas sessões de plenário.
Para valer para as eleições de 2022, o processo de votação precisa concluir todas as etapas em no máximo um ano antes das eleições, nesse caso em outubro deste ano. O parecer de Barros só deverá ser votado nas próximas sessões, e ainda precisa ser aprovado em dois turnos no plenário da Câmara e depois no Senado. Vale lembrar que a Câmara entre em recesso no próximo dia 18.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a eventual implantação do voto impresso (em conjunto com a urna eletrônica) provocaria um gasto público estimado de R$ 2 bilhões.
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