Um quarto das cidades do país ainda não conseguiu começar a imunizar a população abaixo de 60 anos contra a Covid-19. Os dados foram revelados pelo diretor da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Francisco Nélio Aguiar da Silva, em entrevista à CNN neste domingo (18).
“Precisamos avançar para a população mais jovem, que está mais na rua, que sai todo dia para trabalhar, para melhorar os índices de casos e óbitos. Esperamos que até o fim de agosto todos os municípios possam concluir a vacinação da população adulta”, diz.
Ele lamenta que não haja uma coordenação nacional para que o calendário de imunização seja simultânea. “A vacinação não acontece de maneira uniforme, infelizmente não existe essa articulação. Alguns municípios ficam estagnados e não conseguem acompanhar”.
Silva comenta a decisão adotada por algumas cidades de enviar para o fim da fila quem ficar escolhendo qual vacina quer receber. “Detectamos que em 76,6% dos municípios vem acontecendo isso, e 47,20% responderam que não estão permitindo a escolha. Em 19,3%, quem faz isso está perdendo a prioridade. O município não vai ficar esperando e baixa mais a idade para não ficar com a vacina no refrigerador”.
O diretor da CNM conta também quais são os imunizantes que as pessoas oferecem mais resistência para receber. “Na pesquisa, os mais rejeitados são AstraZeneca e Coronavac. Estão dando preferência à da Pfizer, por conta de viagem internacional já que nem todas as vacinas são reconhecidas para entrar em alguns países, e da Johnson, por ser dose única. Todas têm sua eficácia comprovada”, ressalta.