A irmã da mulher mantida refém e morta com um tiro na cabeça pelo ex-companheiro na Zona Norte de São Paulo, na segunda-feira (16), disse que o suspeito de cometer o crime ligou e enviou uma foto da vítima ferida para a mãe dela, que mora em Campina Grande, na Paraíba.
Além de atirar e matar Maria Cecília Aguiar Barbosa, o suspeito feriu três policiais a tiros. Segundo a assessoria de imprensa da polícia, a equipe policial revidou e o atirador também foi baleado.
Segundo Suênia Aguiar, o homem pegou o próprio celular de Maria Cecília e fez uma chamada de vídeo para a mãe dela. Como a ligação não foi atendida, ele enviou foto da mulher ferida por meio de um aplicativo de mensagens.
O relacionamento entre o suspeito e a vítima durou cerca de 20 anos. Eles tinham três filhos. Mas há mais de um ano estavam separados. Ainda de acordo com a irmã de Maria Cecília, ela tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro.
Mulher havia sido baleada quando polícia chegou ao local do crime
A Polícia Militar recebeu um chamado com o relato de que o homem estaria mantendo a esposa como refém. Os policiais acionaram o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para negociar com o suspeito, mas o esquadrão especializado não conseguiu chegar a tempo, de acordo com as informações do Comando de Operações Especiais da PM.
De acordo com o major Hugo Maeda, comandante do 5º Batalhão, o atirador provavelmente já havia atingido a esposa com um tiro na cabeça quando os policiais chegaram ao local.
O comandante explicou ainda que, quando as viaturas chegaram ao local do chamado, o atirador disse que iria se render. Mas atirou contra a guarnição e atingiu três policiais.
“Aí houve um revide, ele acabou sendo atingido e aí nessa sequência ele foi desarmado e então socorrido”, disse Maeda.
Os policiais feridos foram levados ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, na Vila Maria. Já o atirador foi encaminhado para o Hospital Geral de Guarulhos, onde deve ser submetido a uma cirurgia.
O caso será investigado pelo encaminhado ao 73º DP – Jaçanã. O suspeito deve ser indiciado pelo crime de feminicídio.
G1