Um projeto de distribuição de pulseiras em Fernando de Noronha para moradores e turistas, causou polêmica nas redes sociais. A iniciativa teria início na primeira quinzena deste mês, mas não chegou a ser implementada, devido as polêmicas geradas.
O projeto previa entregar pulseiras de uma cor para artistas e influenciadores e de outro para moradores.
De acordo com um texto publicado no dia 7 de julho, no site oficial de Fernando de Noronha, afirmava que “o site Sou Noronha, em parceria com a administração da ilha, a plataforma digital Meep e o PagSeguro, lançou, no Palácio de São Miguel, uma nova forma de pagamento para moradores, comerciantes e turistas”.
“Vão ser três tipos de passaportes (pulseiras), em cores variadas. Cada uma delas dará benefícios exclusivos ao turista. A azul poderá receber recargas até R$ 10 mil e o usuário ganhará brindes nos principais restaurantes da ilha. Com a black, as recargas serão acima de R$ 10 mil, com descontos e acessos garantidos em alguns restaurantes. A pulseira Embaixador/Influenciador tem todos os benefícios da pulseira black e será voltada para celebridades, influencers e artistas noronhenses. Existe ainda a opção pela pulseira rotativa (reutilizável) na cor verde, sem o pagamento do valor simbólico, que terá que ser devolvida obrigatoriamente pelo visitante na saída da ilha. Os ilhéus cadastrados vão receber a pulseira na cor cinza, sem exigência no valor de recarga”, diz outro trecho do texto.
A publicação dizia ainda que o projeto, intitulado “Um novo jeito de viver Noronha”, tinha o objetivo de garantir mais agilidade às transações financeiras para quem vive na ilha e aos que estão à passeio, sobretudo por conta da instabilidade da internet em locais afastados do centro.
Alguns comentários de críticas ao projeto afirmava que a ilha tinha virado uma “imensa área VIP com diferenciação social” e que as pulseiras diferentes para moradores e turistas eram uma forma de “segregação”.
“Gente, conseguiram fazer de Noronha uma imensa área VIP com diferenciação social. Estragam tudo! Era um parque ecológico, sabe? Pulseira para influencer? Sério? Que triste a sociedade”, diz uma das publicações criticando as pulseiras.
“Se fazia planos de conhecer a ilha, essa ideia de pulseiras de cores diferentes me fez desistir. Estamos em 2021, e vocês voltaram no tempo. Segregação que fala”, diz outro comentário.
Após a polêmica gerada, o “Sou Noronha”, informou em nota, que o projeto das pulseiras era uma ideia inicial e que não será implementada. Agora, “apenas serão identificados consumidores e comerciantes, por pulseiras verde e cinza, respectivamente”.
Confira a nota
O Sou Noronha esclarece que o uso da pulseira eletrônica para facilitar as formas de pagamento na Ilha de Fernando de Noronha separada por categorias e cores se tratava de uma ideia inicial e que não será implementada.
Como as pulseiras estão em fase de produção, nenhum material foi distribuído a comerciantes ou usuários. A partir de agora, apenas serão identificados consumidores e comerciantes, por pulseiras verde e cinza, respectivamente. Dessa forma, usuários vão conseguir detectar de forma fácil quem está habilitado para a venda de créditos.
O projeto foi desenvolvido visando trazer facilidade e segurança nos meios de pagamento de Fernando de Noronha, atendendo turistas e movimentando ainda mais o comércio local.
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