A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo (28) que um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul e que desembarcou em Guarulhos, na Grande São Paulo, testou positivo para a Covid-19.
Não há confirmação se o caso é da variante ômicron. O paciente, que já está em isolamento, é vacinado, segundo a agência.
“A Agência fiscaliza e exige, por força de portaria interministerial, que o viajante apresente exame PCR negativo para Covid-19 realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo internacional (na origem do voo)”, diz a nota da Anvisa.
O passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático e, após sua chegada, às 21h12 do sábado, a Anvisa foi informada sobre o resultado positivo de um novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no Aeroporto de Guarulhos.
“Diante do resultado, a Agência notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) nacional, estadual e municipal, às 1h07 do dia 28/11. A Vigilância epidemiológica do Município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.”
O paciente está em isolamento e cumpre quarentena em casa, de acordo com a Anvisa, e os órgãos de saúde estadual e municipal passam a fazer o monitoramento do caso, que também é acompanhado pelo Ministério da Saúde.
Não há nenhum registro de casos da nova variante da Covid, segundo informações do sábado da Secretaria da Saúde estadual. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de São Paulo (CIEVS) diz que acompanha e auxilia nas investigações de todas as variantes que causam preocupação, tais como delta, alpha, beta, gama e a ômicron.
A partir desta segunda (29), o Brasil vai fechar as fronteiras aéreas para passageiros vindos de seis países do Sul da África.
O voo, da companhia Ethiopian Airlines, foi o único vindo do continente africano no sábado para o Aeroporto Internacional de Guarulhos e não há previsão de novos voos para este domingo.
Controle na capital
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou na sexta (26) um novo monitoramento das cepas do coronavírus em circulação na capital paulista em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP). Antes, o sistema de monitoramento de variantes da Covid-19 era conduzido majoritariamente pelo Instituto Butantan.
O novo acompanhamento, que deve ter início nesta semana, é uma estratégia epidemiológica diante da descoberta da variante ômicron, detectada na África do Sul e que já chegou a quatro continentes. Ainda não se sabe se ela é mais transmissível ou mais letal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, qualquer outra medida de resposta à possível chegada da nova variante ao Brasil não pode ser tomada ainda por conta da escassez de informações sobre ela. Os técnicos da secretaria devem ter uma nova reunião na segunda-feira (29) para decidir quais medidas devem ser adotadas no âmbito da Vigilância Epidemiológica municipal.
“Nosso pessoal já conversou hoje com o Instituto de Medicina Tropical, vamos enviar as amostras a partir da semana que vem”, disse Aparecido.
De acordo com o secretário, os sequenciamentos serão feitos em um esquema parecido com o que foi adotado para detectar a variante delta. A diferença é que, no caso da delta, a parceria foi feita com o Instituto Butantan, ligado à Secretaria Estadual da Saúde.
G1