Geraldo destaca número de mortes de crianças por covid-19 em outros países e critica Marcelo Queiroga: “Insensato”

Segue a discordância entre o ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, e os governadores e secretários de Saúde ao longo do Brasil. Nesta quarta-feira (29), o secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, chamou de insensato o raciocínio propagando por Queiroga, de exigir prescrição médica para que crianças de 5 a 11 anos tomem vacina contra a covid-19.

“Temos que vacinar nossas crianças de 5 a 11 anos de idade até porque as agências regulatórias do Canadá, Estados Unidos, Europa, a Anvisa e a própria assessoria do Ministério da Saúde aprovaram e comprovaram a segurança da vacinação e eficácia em crianças de 5 a 11 anos, então não há porque se realizar consulta pública ou se exigir prescrição médica, fato este que nunca se observou no país com qualquer vacina. Então é completamente insensato esse raciocínio”, criticou.

De acordo com Geraldo Medeiros, são falsas as afirmações de que as crianças não são afetadas pela covid-19, trazendo dados dos Estados Unidos e da África do Sul, onde o número de mortes e internação desta faixa etária dispararam nas últimas semanas.

“Os Estados Unidos com uma média de 800 internações de crianças por dia. A África do Sul no espaço curto de 21 dias teve 15 crianças que morreram e mais de 400 internadas em UTI. Então, essa história de dizer que a criança não adoece da covid-19 e que não evolui para casos graves, quando há uma disseminação intensa como é a que produz a variante ômicron, não é o que se observa”, prosseguiu.

Por fim, ele projetou para o final de janeiro e início de fevereiro a vacinação deste público na Paraíba. Ele pediu para que os pais e responsáveis pelas crianças as levem para se vacinarem contra a doença e “deletarem” essas fake news das discussões.

“Por isso que Secretaria Estadual de Saúde já se manifestou que, assim que essas vacinas chegarem, provavelmente devem chegar no final de janeiro e início de fevereiro os pais, as mães e os responsáveis pelas nossas crianças devem se dirigir às nossas salas de vacinação e deletar essas fake news”, concluiu.

 

PB Agora