O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) afirmou nesta sexta-feira (7) que decidiu sair do Governo Federal por perceber que o presidente Jair Bolsonaro (PL) havia abandonado o combate à corrupção, sem dar a “carta branca” que havia lhe prometido quando fez o convite no final de 2018.
Agora, na condição de pré-candidato a presidente da República, Moro sugeriu que, assim como aconteceu nos governos petistas, vai demorar algum tempo para se descobrir casos de corrupção que ocorrem atualmente sob a gestão de Bolsonaro.
“Quando a gente tem esse orçamento secreto, que é a utilização de verba pública sem transparência e sem controle, estamos gerando oportunidade para muita coisa errada e que não estamos vendo hoje no momento. Mas, o próprio Mensalão demorou para ser descoberto. O saque à Petrobras começou em 2004”, disse Moro.
“Foi, por 10 anos, que a política do PT permitiu que a Petrobras fosse roubada dia após dia, gerando aquelas fortunas em contas na Suíça e eleições irrigadas com dinheiro vindo de corrupção. Esse esquema levou 10 anos para ser descoberto pela Lava Jato. Eu tenho certeza que, infelizmente, o governo abandonou a política de fortalecimento de combate à corrupção e tem muita coisa errada acontecendo por aí”, acrescentou.
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