O município de Campina Grande deu início à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, neste sábado (15), sendo a primeira cidade da Paraíba a vacinar crianças, nesta faixa etária. O município iniciou a vacinação de crianças com deficiência permanente e aquelas com autismo.
Neste sábado, foram aplicadas, pelas equipes da Secretaria de Saúde de Campina Grande, 130 doses em dois pontos de atendimento, que funcionaram no Centro Especializado em Reabilitação (CER) e no Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (Ipesq). A primeira criança a ser vacinada foi Jhin Pirlo Lima Silva, de 5 anos de idade, que tem microcefalia causada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus.
A Secretaria de Saúde Municipal disponibilizou brinquedos, presentes e espaço para observação após a aplicação da vacina. Em um caso, a vacinação precisou ser realizada dentro de uma ambulância, com o garoto Pedro Alves, que tem uma síndrome rara e respira através de aparelho. “É uma emoção muito grande poder ver ele ser vacinado, pois vacina salva vidas. Sempre tem muitos profissionais que precisam atendê-lo em casa e ele precisa estar protegido”, disse.
“Como acontece desde o início da campanha de vacinação, nós sempre iniciamos a aplicação das doses logo após o recebimento. E hoje não foi diferente, o que demonstra nossa efetividade nesse processo e, assim, somos a primeira cidade do Estado a vacinar as crianças”, disse o secretário de Saúde, Gilney Porto.
A partir da próxima segunda-feira, 17, será iniciada a vacinação de crianças com comorbidades. O atendimento será no Parque da Liberdade. Para este grupo, será exigido o agendamento, a ser realizado pelo site vacinacao.campinagrande.pb.gov.br ou pelo aplicativo Vacina Campina. O agendamento será disponibilizado na noite do domingo, 16.
Crianças com comorbidades
A Secretaria de Saúde também vai imunizar as crianças de instituições como Instituto dos Cegos e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Outra estratégia adotada durante a campanha, será a aplicação das doses nas escolas públicas e privadas.
A vacinação das crianças é facultativa e a decisão cabe aos pais e/ou responsáveis e não é exigida prescrição médica. Diversos órgãos de saúde pública e coletiva, como a Organização Mundial da Saúde, emitiram pareceres recomendando a aplicação da vacina nas crianças de 5 a 11 anos de idade.
A vacina pediátrica é especial, tem apenas um terço da dosagem da vacina adulta e é aplicada em duas doses, no intervalo de oito semanas. Os efeitos colaterais são os mesmos registrados em adultos e adolescentes, como dor e inchaço na região da aplicação, febre e mal-estar. Em casos raríssimos de reações adversas, foram registrados episódios de miocardite em adolescentes e adultos vacinados.
Apesar dessa possibilidade remota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliou que os benefícios são maiores que os riscos, visto que mais de três mil pessoas, nessa faixa etária, morreram de covid-19 no país e que as crianças podem ser vetores de transmissão, já que, geralmente, são assintomáticas quando infectadas, principalmente diante da nova variante, Ômicron.
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