O ex-presidente Michel Temer (MDB) definiu como um “equívoco” a suposta tentativa do PT de afastar Dilma Rousseff das negociações do partido. A também ex-presidente nem foi chamada ao jantar entre Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido), especulado como possível vice da chapa.
“Ela foi presidente da República, ela tem seus adeptos. Acho que ela pode colaborar com a campanha. Vou dar um palpite aqui com muito cuidado, mas acho um equívoco ignorarem, porque ela tem uma presença. É uma presença nacional que pode ser utilizada, não tenho dúvidas disso”, afirmou ao podcast “Descomplica, Kelly”.
Na última sexta-feira (14), Lula e Dilma se reuniram em São Paulo. Foi o primeiro encontro entre os dois neste ano, em meio à repercussão sobre o suposto afastamento da ex-presidente.
Em entrevista também recente ao jornal O Globo, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirmou que houve um “ruído de comunicação” que fez com que o convite para o jantar com Alckmin não chegasse a Dilma e assumiu a responsabilidade pelo episódio.
Desde o jantar em que não foi convidada, Dilma Rousseff tem recebido afagos de aliados. A Fundação Perseu Abramo, da qual a petista é presidente de honra, divulgou nota de solidaredade. “O golpe contra Dilma foi um golpe contra a democracia, contra todas e todos nós.”
Dois dias depois, Dilma foi protagonista de um vídeo curto postado pelo partido, em que ela declama um trecho de “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, do português José Saramago. É chamada de “última presidenta legítima brasileira”.
FolhaPress