Uma mulher de 64 anos com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e leucemia mielogênica aguda, nos Estados Unidos, recebeu um transplante sanguíneo de células-tronco para o tratamento de leucemia e ficou livre do vírus por 14 meses.
O estudo sugere uma cura do HIV, vírus associado ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), segundo os médicos e cientistas da Weill Cornell Medicine, que fizeram o transplante. O experimento foi apresentado nesta terça-feira (15) na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Denver.
As células do doador transplantadas apresentavam uma mutação que as tornam resistentes à infecção pelo HIV. “Este é agora o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro em uma mulher vivendo com HIV”, disse Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de AIDS, em um comunicado, informou a CNN Brasil.
Outro estudo maior nos Estados Unidos acompanha 25 pessoas com HIV que se submeteram a um transplante com células-tronco retiradas do sangue do cordão umbilical para o tratamento de câncer e outras doenças graves.
Para Lewin, os transplantes de células-tronco não são uma estratégia viável para a cura da maioria das pessoas com HIV, mas o estudo “confirma que uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura da síndrome”, disse.
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