A Rússia bloqueou, nesta sexta-feira (4), o acesso ao Facebook. O governo de Vladimir Putin afirma que a decisão é uma resposta a restrições impostas pela rede social à mídia russa.
O órgão o regulador de comunicações do país, Roskomnadzor, afirmou que a plataforma discriminou 26 veículos ou páginas russas desde outubro de 2020.
A Meta, empresa que controla o Facebook, divulgou nesta semana que restringiu o acesso às páginas da Russia Today (RT) e Sputnik em toda a União Europeia sob a justificativa que praticavam desinformação. O objetivo era fazer o mesmo em todos os países do mundo, em relação a todas as contas e veículos controlados pelo Kremlin.
No Brasil, até o momento desta publicação, a reportagem pôde notar que as páginas, ao menos da Russia Today (RT) e da agência de notícias estatal RIA estavam com conteúdos recém-publicados.
No último sábado (26), o Facebook também anunciou a proibição de meios estatais russos de veicularem anúncios ou de monetizarem na plataforma em qualquer lugar do mundo. A medida também foi adotada pelo YouTube.
Em diversos lugares do mundo, o Facebook tem sido usado por manifestantes para organizar protestos contra autoridades locais. Na Rússia, atos contra a guerra da Ucrânia tem sido reprimidos com vigilância e prisões.
Ainda não se sabe se o Instagram, também administrado pela Meta, será banido da Rússia.
A Meta lamentou o bloqueio e disse que milhões de russos estão sendo silenciados por não terem mais acesso a informações confiáveis, além de não poderem utilizar mais a plataforma para interagir com familiares e amigos.
FolhaPress