Reprovação a Bolsonaro cai de 45% para 23% entre quem começou a receber auxílio e votou nele em 2018

O Auxílio Brasil, programa do governo federal que substituiu o Bolsa Família, melhorou a avaliação do presidente Jair Bolsonaro entre os eleitores que passaram a receber o benefício em fevereiro e votaram em Bolsonaro em 2018, segundo dados da pesquisa Quaest/Genial divulgada nesta quarta-feira (16).

O programa atende desde fevereiro 18 milhões de famílias brasileiras, com um valor de R$ 400, cerca de quatro vezes o que era pago pelo Bolsa Família, considerado uma das bandeiras dos governos petistas.

Entre os eleitores que agora recebem o Auxílio Brasil e votaram em Bolsonaro, 41% diziam em janeiro que o desempenho do governo estava “pior do que esperavam”, de acordo com o levantamento. Em fevereiro, a avaliação negativa chegou a 45%. Já em março, o mesmo índice despencou para 23%.

Ainda em janeiro, apenas 23% diziam que o governo Bolsonaro estava “melhor do que esperavam”. A avaliação positiva subiu para 25% em fevereiro e para 31% em março.

Por fim, entre os entrevistados que respondiam apenas que o governo não estava “nem melhor nem pior” do que esperavam, a porcentagem que era de 36% em janeiro caiu para 27% em fevereiro, e pulou para 44% em março.

A pesquisa também ouviu os eleitores que não recebem o Auxílio Brasil, e a avaliação negativa em relação ao governo Bolsonaro também caiu nesse público.

Em janeiro, 35% desses eleitores consideravam que o governo estava “pior do que esperavam”. O número se manteve igual em fevereiro e caiu para 29% em março.

Entre os que avaliavam positivamente o governo, a porcentagem subiu de 23% em janeiro, para 30% em fevereiro e 34% em março. Os eleitores que não consideravam o governo Bolsonaro “nem pior nem melhor” do que esperavam foram de 40% em janeiro para 33% em fevereiro, e 36% em março.

Metodologia

Esta edição da Quaest/Genial foi realizada por meio de entrevistas face a face com 2.000 entrevistados entre 10 e 13 de março de 2022, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país.

A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. Ou seja, se 100 pesquisas fossem realizadas, ao menos 95 apresentariam os mesmos resultados dentro desta margem.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-06693/2022.