A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, nesta quinta-feira (12), que excluiu de suas fileiras o sargento Manoel da Silva Rodrigues, detido no aeroporto de Sevilha, na Espanha, em junho de 2019, com 37 kg de cocaína em um avião da instituição. Ele fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanhava a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Tóquio, no Japão, onde participaria da reunião do G20.
Segundo a Aeronáutica, o sargento perderá seu grau hierárquico em conformidade com o Estatuto dos Militares. Rodrigues já havia sido condenado pela Justiça Militar da União, em fevereiro último, a 14 anos e 6 meses de reclusão por tráfico internacional de drogas.
“Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do Sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país, desde a sua prisão em flagrante”, diz trecho de nota publicada pela FAB.
O ex-militar já havia sido condenado pela Justiça espanhola, em fevereiro de 2020, a 6 anos de prisão. O Ministério Público espanhol havia pedido 8 anos de prisão para o militar brasileiro. A cooperação de Rodrigues – que confessou o crime e deu detalhes sobre sua participação – fez o tribunal reduzir a pena para 6 anos e 1 dia em regime fechado.