Cercado de aliados do centrão e do senador Fernando Collor (PTB-AL), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (17) no interior de Sergipe que o Brasil está se libertando da chamada velha política.
Ao mencionar os deputados e senadores presentes no palco, Bolsonaro também se referiu a Collor como um “grande aliado no Parlamento brasileiro”. O ex-presidente sofreu processo de impeachment em 1992, acusado de corrupção e fraudes.
“Vejo cada vez mais o interesse de vocês pelo destino da nação e se libertando cada vez mais da velha política brasileira.”
Para evitar a abertura de um processo de impeachment em 2020, Bolsonaro intensificou a ampliação de sua base aliada por meio da antes contestada política do tomá-lá-dá-cá, um símbolo da velha política com a entrega de cargos e recursos para parlamentares aliados do governo, em especial do chamado bloco do centrão.
Em discurso, Bolsonaro fez novas críticas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e insinuou que seu governo deu fim ao movimento.
“Botamos um fim no movimento do MST, porque quando passamos a titular terras eles conseguiram a sua independência e a sua liberdade. Demos dignidade ao homem do campo. Hoje o antigo assentado é proprietário da sua terra e parceiro do fazendeiro ao seu lado, não mais pratica atos de invasão”, afirmou.
Bolsonaro também disse que a democracia brasileira tem de ser preservada, independentemente dos meios pelos quais haja essa garantia, na avaliação do presidente.
“A garantia de que a nossa democracia será preservada. Não interessa os meios que porventura tenhamos que usar, a nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis”, disse.
As falas de Bolsonaro foram proferidas em discurso na cidade de Propriá durante inauguração da duplicação de um trecho da BR-101 em Sergipe e da conclusão dos acessos à ponte sobre o rio São Francisco na divisa de Sergipe e Alagoas.
Folha de São Paulo