O plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou por unanimidade, em sessão ordinária nesta terça-feira, 24, o projeto de Resolução N° 372/2021 de autoria do deputado João Bosco Carneiro Junior, concedendo ao escritor monteirense Efigênio Moura a medalha Augusto dos Anjos pelos relevantes serviços prestados ao culturalismo emprendido em prol da sociedade paraibana.
O deputado João bosco Carneiro, autor do Projeto de Resolução, disse que:
“A Medalha Augusto dos Anjos deve ser concedida a pessoas ou instituições que, realmente, tenham se destacado pela relevância dos seus serviços, em prol da sociedade paraibana. Uma dessas personalidades, sem dúvidas, é o escritor Efigênio Moura. Com o trabalho exemplar que desenvolve, tem garantido mais cultura a muitos paraibanos, além de concretizar os mais caros direitos fundamentais. Reconhecendo-se o mérito, estar-se-á coroando a cultura paraibana, fazendo valer a confiança depositada por cada cidadão. Portanto, mais que justo, revela-se imprescindível a concessão dessa Medalha ao escritor Efigênio Moura, pelos relevantes serviços prestados à cultura paraíbana”.
A medalha Augusto dos Anjos
A medalha Augusto dos Anjos foi instituída pela Resolução nº 643, de 16 de dezembro de 1999. Ela é destinada à condecoração de pessoas físicas ou jurídicas de notório destaque na produção literária no Estado da Paraíba.
Desse modo, é concedida em reconhecimento aos artistas e produtores culturais paraibanos, cujo desempenho em suas atividades culturais, enaltecem o nome do nosso Estado, no país e no exterior.
Uma dessas pessoas, sem dúvidas, é o escritor Efigênio Moura. Ele cumpre seus deveres funcionais com inegável destaque, inclusive a nível nacional e internacional, redundando em mais cultura, vida e dignidade para a população paraibana. Efigênio Moura é o primeiro monteirense a receber tal honraria.
O escritor
O escritor Efigênio Moura, filho do Cariri paraibano, nasceu em Monteiro e escreve sobretudo sobre sua região, aonde fincou raízes e brotou bons frutos. Efigênio escreve como se fala os diálogos existentes em suas ficções, por conta dessa forma de valorizar costumes e tradições, frequentemente é convidado para oficinas e palestras, ora sobre o falar nordestino-paraibano em especial, ora para falar sobre suas estórias e personagens nascidos nos bredos do Cariri paraibano e outros solos nordestinos, como sertão de Alagoas e Pernambuco.
O Cariri paraibano e o Nordeste brasileiro é cenário para suas estórias, embora envolva outras regiões e estados. Efigênio Moura tem onze obras lançadas (uma delas traduzida para o inglês). O livro Ciço de Luzia (Latus-2010) foi adotado para o Vestibular de 2013 da UEPB.
Os livros PEDRO JEREMIAS 1, e alguns contos do livro APURADO DE CONTOS viraram, curta-metragens e são exibidos em festivais pelo mundo afora.
A obra de Efigênio Moura se caracteriza pelo forte teor interiorano, o respeito às vozes e escritas nordestinas. Já foi motivo de TCC´s, de músicas, de peças de teatro. O amor a terra paraibana e a defesa de sua arte e formas faz da autenticidade de Efigênio um legítimo representante da literatura paraibana.
Reconhecimento e louvor
Como reconhecimento da excelência do trabalho desempenhado, foram concedidos inúmeros elogios e insígnias ao escritor. Reconhecimento por artistas, pela mídia e pela população paraibana são constantes.
Membro da Academia de Letras de Campina Grande; membro do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri.
Foi homenageado com a Medalha Alcindo de Menezes pela Câmara Municipal de Monteiro (PB) e com a Medalha Batalhão pela Câmara Municipal de Taperoá (PB). Recebeu Moção de Aplauso das Câmaras Municipais de Camalaú, Taperoá, Parari e Monteiro e recebeu o título de cidadão de São Sebastião do Umbuzeiro, Congo e de Taperoá, cidades do Cariri da Paraíba.
Em 2019 foi o autor homenageado pela I FLIREDE (Festa Literária da Secretaria de Educação do Estado da Paraíba), pela 5 ª Regional de Ensino.
A Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba segue o vasto exemplo acima, confirmando o valor do serviço prestado ao povo paraibano, concedendo ao escritor monteirense a Medalha Augusto dos Anjos que, arduamente, tem eternizado à cultura
Em breve será definida a data da entrega da medalha.
Projeto aprovado na ALPB: