A Justiça concedeu liberdade a um e manteve a prisão dos outros dois suspeitos do furto milionário ao apartamento do influenciador digital Carlinhos Maia, no final de maio. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (8) em Maceió.
Emerson de Holanda Lira, 48 anos, conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade. Wellington Medeiros da Silva Moraes, 27 anos, e Eliabio Custódio Nepomuceno, 38 anos, permanecem presos. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) não deu detalhes da decisão porque o processo tramita sob sigilo. Os três alegam inocência.
As prisões aconteceram na última segunda (6), em Campina Grande, na Paraíba. Segundo a Polícia Civil, os três são paraibanos e já tinham sido presos antes por crimes patrimoniais, dois deles por roubos a bancos.
Em entrevista ao g1, os advogados dos suspeitos disseram que vão recorrer das prisões e alegam falta de provas que liguem seus clientes ao furto ao apartamento de Carlinhos Maia.
“A Justiça entendeu pela manutenção da prisão do meu cliente [Wellington], mas nós vamos entrar com pedido de habeas corpus na Câmara Criminal combatendo essa decisão. A gente tem total convicção da inocência. Ele não foi pego com nenhum objeto do crime e preenche todos os requisitos para responder em liberdade. Nas datas do crime, 28 e 29 [de maio], ele estava na Paraíba, não esteve em Maceió”, afirmou Evanildo Nogueira, responsável pela defesa de Wellington.
Já o advogado Thiago Araújo da Silva, que representa os outros dois suspeitos, afirmou que também vai entrar com pedido de liberdade a Eliabio devido à “ausência de provas”.
Os advogados dos três presos contestam as provas apresentadas pela Polícia Civil. No momento das prisões, os investigadores apreenderam ferramentas, celulares, luvas, lanterna e uma escada retrátil que teriam sido utilizadas no crime. Não foram encontrados os itens furtados do apartamento.
Também foi apreendido um carro que, segundo as investigações, foi filmado por câmeras de segurança rondando o prédio de Carlinhos Maia na noite do furto.
O veículo que aparece nas imagens, de acordo com a Polícia Civil, pertence a Emerson Lira. “Nós temos a certeza de que esse carro tem envolvimento direto com a ação criminosa. Dentro dele, nós apreendemos um par de luvas, que também está diretamente direcionado ao furto. Apreendemos também a lanterna utilizada pelos criminosos”, disse o delegado Lucimério Campos.
Mas a defesa de Emerson afirma que o carro do seu cliente, apreendido na operação para prender os suspeitos, não é o mesmo veículo mostrado nas imagens da polícia. “Nós temos como provar que ele estava em Campina Grande no momento do crime”.
Ainda de acordo com as investigações, dois dos presos seriam os que aparecem nas imagens de câmeras de segurança na garagem do prédio e o terceiro seria o responsável por dirigir o carro utilizado na fuga. Os advogados negam que os criminosos filmados sejam seus clientes.
G1