A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (15), um novo reajuste nos preços dos combustíveis. Os valores e porcentagens da mudança foram divulgadas nesta sexta-feira (17) e a partir de amanhã (18), a gasolina vai subir nas refinarias de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, um aumento de 5,18%. Com o diesel, o preço por litro terá alta de R$ 4,91 para R$ 5,61, o que equivale a um reajuste 14,25%.
A última vez que a gasolina foi reajustada nas refinarias foi no dia 11 de março, quando subiu 18,7%, passando de R$ 3,25 para R$ 3,86. Ou seja, é a primeira alta em 99 dias. É ainda o terceiro reajuste do ano.
Já no diesel, a estatal havia anunciado alta de 8,8% no último dia 10 de maio. Na ocasião, os preços nas refinarias subiram de R$ 4,51 para R$ 4,91. É o primeiro avanço em 38 dias e o quinto aumento desde janeiro.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,15 por litro”, disse a estatal.
Segundo a Abicom, que reúne as importadoras, a defasagem tanto na gasolina e no diesel vem pressionando tanto a estatal quanto as empresas privadas, já que o patamar considerado elevado há pelo menos um mês.
Na segunda-feira, dia 13, a defasagem na gasolina atingiu 17% (ou R$ 0,82 por litro). No diesel, a diferença entre os preços vendidos no exterior e os cobrados no Brasil está em 16% (R$ 0,92 por litro).
Há uma semana, o mercado já dava como certa uma alta nos preços. O encontro do Conselho nesta quinta-feira ocorre um dia após a Câmara dos Deputados ter concluído a votação do projeto de lei que cria um teto para o ICMS que incide sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transporte coletivo.
Internamente, o alto escalão da Petrobras já vinha há pelo menos três semanas acompanhando de perto a evolução do preço da gasolina. Essa mesmo fonte lembrou que um novo aumento no diesel entrou no radar há duas semanas, quando o valor do barril chegou aa US$ 120 no mercado internacional.
A preocupação central do setor é que possa ocorrer falta de diesel no Brasil. Por isso, esse novo aumento é justificado de forma que as importadoras possam elevar as importações e reforçar seus estoques.
Segundo a Abicom, que reúne as importadoras, a defasagem estava em 14% para gasolina e 18% para o diesel com referência ao dia 15 de junho. O preço do petróleo está nesta quinta-feira próximo dos US$ 120 por barril. Já o dólar está acima e R$ 5.
O Globo