Após atleta ser atingido por barra durante crossfit no Ceará, profissional de Educação Física paraibano reforça: “existe limite e consciência para qualquer prática esportiva”

Para evitar acidentes por falta de força ou de preparo, uma série de mecanismos são desenvolvidos nos praticantes de CrossFit. Em entrevista ao ClickPB,  nesta quinta-feira (30), o Educador Físico e Coach nível 2 de CrossFit na CrossFit Beira Rio, Flávio Gouveia, se solidarizou com o caso do atleta atingido por uma barra no Ceará e rebateu críticas à modalidade do CrossFit ao reforçar que “existe limite e consciência para qualquer prática esportiva”.

“Não dá para julgar, pois temos apenas imagens. É algo muito raro de acontecer. Mas o que podemos avaliar é que é perceptível, se você for um bom coach, ver que ele está super cansado. Antes de pegar na barra, ele até desiste na primeira vez, e quando pega novamente na barra, extremamente cansado, fazendo uma execução ruim e tentando se livrar da barra, acaba errando e, infelizmente, acaba tendo a pancada da barra comprimindo sua coluna”, lamentou.

Ao lamentar o ocorrido, o especialista destacou alguns equívocos e reforçou que existem mecânicas diferentes para cada exercício, assim como a consciência em impor limites para os casos de exaustão. Segundo ele, existe uma série de atenção e cuidado na prática de qualquer exercício, porém, muitas pessoas acabam negligenciando essas situações.

“Ele poderia ter tido mais consciência de que já estava esgotado o suficiente e que não valeria a pena. Tem a parte do aluno de se sentir e de ter consciência de que não dá para continuar, tem a parte do coach de orientar bem o aluno, e o domínio da técnica com o processo da dinâmica do exercício. A progressão é dessa forma, primeiro a mecânica, depois a consistência de fazer a mecânica várias vezes, e depois a intensidade de colocar a carga e fazer tudo corretamente”, destacou.

Flávio ainda destaca que lesões podem ocorrer em qualquer atividade, mas que o preparo, e a consciência, podem evitar não só as lesões, como também o sentimento de frustração.

“É evidente que a modalidade não é “perigosa” como querem difamar por aí. A taxa de incidência de lesões é similar ou até menor do que outras modalidades que envolvem o treinamento de força, como academias, por exemplo. Então, fica nossa solidariedade à família, e torcida para que esse atleta se recupere”, reforçou.

Um vídeo flagrou o momento em que o atleta erra e fica no chão sem conseguir levantar. As imagens são fortes.

ClickPB