Dois médicos-peritos designados pela Justiça Federal estiveram, nesta segunda-feira (25), no Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para verificar a condição da saúde mental de Adélio Bispo de Oliveira. Ele cumpre medida de segurança por ter esfaqueado o presidente Jair Bolsonaro, durante campanha eleitoral de 2018.
Um lado deve sair em até 30 dias. Após esse prazo, o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa têm cinco dias cada para apresentar manifestação sobre o caso.
Na época foi considerado inimputável, por ter sido diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide. Pela legislação, após três anos, os internos com esse diagnóstico precisam ser reavaliados para verificar se ainda representam risco à sociedade.
Isso significa que, a depender do relatório a ser produzido pelos peritos, o juiz responsável pelo caso pode determinar liberdade a Adélio Bispo.
Outro caminho, caso não seja registrado melhoria na saúde mental dele, uma nova perícia deve ser realizada para daqui doze meses; e assim sucessivamente pelo prazo máximo de 30 anos.
A perícia de Adélio Bispo deveria ter ocorrido em junho, mas foi remarcada por falta de profissionais. O exame foi feito por médicos indicados pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a partir de decisão da Justiça.