Legendas cogitavam criar novo partido, mas proposta teve resistência; federação ganha força por manter identidade das siglas.
O PP e o União Brasil desistiram da ideia de se fundir para criar um novo partido e agora discutem a construção de uma federação partidária para o ano que vem.
As negociações para a junção das legendas começaram antes do primeiro turno das eleições deste ano. O tema era discutido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda.
Ambos chegaram a sinalizar de forma positiva com a fusão, mas a ideia não agradou aos demais correligionários, sobretudo porque PP e União Brasil são rivais em alguns estados do país. Além disso, houve o temor de que as legendas perdessem a identidade com o processo.
A vontade de uma aliança, contudo, permanece. Dessa forma, a solução encontrada dentro dos partidos foi a federação. Nesse formato, os partidos federados têm de funcionar como um só, mas conservam nome, sigla, número e quantidade de filiados.
Caso a federação seja efetivada na Justiça Eleitoral, PP e União Brasil terão a maior bancada do Congresso Nacional, com 106 deputados federais e 15 senadores. Serão 59 deputados e nove senadores do União Brasil, além de 47 deputados e seis senadores do PP.
A eventual junção dos partidos em uma federação vai garantir, ainda, que as duas siglas recebam mais recursos públicos para as próximas eleições, sobretudo do fundo eleitoral. Para repassar a verba, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) segue critérios como a quantidade de deputados federais que cada partido elegeu, a quantidade de votos válidos que as siglas receberam para a Câmara e a proporção de cada bancada partidária nas eleições para o Senado.
FONTE: Portal Correio