Na última sexta-feira (27), aconteceu a 5ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no Auditório Municipal de Gurjão. Seguindo os paramêtros da Conferência Nacional, o tema abordado foi “Situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia pela covid-19: violações e vulnerabilidade de crianças e adolescentes, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”. A Conferência Municipal foi realizada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), em parceria com a Prefeitura Municipal de Gurjão, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e demais órgãos que integram a rede de proteção à criança e ao adolescente como Conselho Tutelar, Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).
Um dos grandes destaques do evento em Gurjão foi a participação de estudantes das escolas da rede municipal e da rede estadual de ensino. As equipes organizadoras da conferência se detiveram durante dias anteriores à sua realização com esses alunos em várias atividades trabalhando cada eixo que seria abordado e discutido na última sexta. Isso proporcionou a realização de uma conferência única, diferente no modo de se trabalhar, dando destaque à participação desses estudantes, com apoio da Secretaria de Educação, a direção da Escola Estadual Juarez Maracajá e a Secretaria Municipal de Saúde. Assim os temas relevantes relacionados aos direitos da criança e do adolescente foram apresentados e trabalhados por eles e entre eles, com a participação da sociedade civil organizada.
- Já que a conferência seria da criança e do adolescente para discutirmos políticas públicas voltadas para esse público, nada mais justo de trabalhar com eles e que eles sejam os protagonistas da Conferência. – comentou a secretária de asssistência social de Gurjão, Layse Martins.
Os cinco eixos trabalhados foram distribuídos entre os técnicos da Secretaria de Assistência Social e os estudantes e cada turma trabalhou uma atividade dinâmica e criativa em cima do eixo escolhido. Assim foram apresentados: Eixo 1, com orientação do Conselho Tutelar, uma paródia foi elaborada e executada por alunos do 6º ano. Já o eixo 2, orientado pelo SCFV, o tema foi mostrado por alunos do 7º ano na forma de teatro, enquanto que memes e quadrinhos foram escolhidos por alunos do 8º ano para a discussão do eixo 3, com orientação do CMDCA. O CRAS orientou estudantes do 8º ano na apresentação de cartazes para mostrarem sua visão sobre o tema. Os professores do ensino médio da Escola Juarez orientaram a apresentação de aluno do 3º ano em uma argumentação verbal. Além das apresentações dos estudantes, a conferência contou com palestras e mesas-redondas com especialistas e representantes de organizações da sociedade civil, que debateram temas como violência doméstica, exploração sexual, racismo, homofobia, entre outros. Também foi realizada a eleição dos delegados que representarão o município na Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Assim, os estudantes tiveram a oportunidade de apresentar suas ideias e perspectivas sobre os desafios enfrentados por crianças e adolescentes em nossa sociedade, e de contribuir para a construção de políticas públicas mais efetivas e inclusivas. Como o tema central da Conferência foi em torno da pandemia, os desafios em torno da temática no período pós-pandêmico é necessário e toda a discussão dos temas abordados nos eixos tiveram a efetiva participação da equipe de saúde do município.
Além das apresentações dos estudantes e técnicos, a conferência contou com a participação de autoridades e representantes de organizações da sociedade civil, lanches com bufê especial voltado para o paladar adolescente e apresentação cultural, destacando-se a Oficina de Dança Folclórica do SCFV.
A Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é uma iniciativa importante para a promoção dos direitos humanos e da cidadania, e a participação dos estudantes é fundamental para garantir a diversidade de perspectivas e a representatividade das demandas da juventude. Espera-se que o evento contribua para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual todas as crianças e adolescentes tenham seus direitos garantidos e respeitados.