O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Estação Novos Rumos, vem desenvolvendo no mês de setembro uma programação especial em apoio à Campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção ao suicídio e valorização à vida.
Na agenda desta quarta-feira, 13, os usuários do CAPS, acompanhados por seus familiares, participaram da dinâmica “Valorização da Vida” no Projeto Sumé com Flores, localizado no Campus do CDSA/UFCG (Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido/Universidade Federal de Campina Grande).
Na programação, atividades de celebração da vida, expressão de emoções por meio da arte da pintura com geotinta e o recebimento de hortaliças frescas, que eles próprios ajudaram a cultivar. No encerramento das atividades, todos desfrutaram de momentos de confraternização e compartilharam um lanche especial.
Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre a gestão municipal, coordenada pelas Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social e a UFCG, por meio do CDSA. Essa colaboração conjunta é fundamental para o sucesso de projetos como esse, que têm um impacto positivo na comunidade.
A professora em Solos, Adriana Meira, responsável pelo Projeto Sumé com Flores, enfatizou a extensa jornada de 12 anos de colaboração entre a prefeitura de Sumé e a Universidade, que tem proporcionado cidadania e uma série de atividades que causam um impacto transformador. Localizado no viveiro de mudas, o projeto desempenha um papel essencial na promoção da valorização da vida, inclusão social e humanização.
O Projeto Sumé com Flores, conforme destacou Adriana, representa uma estratégia de extensão integrada dentro do contexto de ações colaborativas e sustentáveis para o Cariri. Ela enfatizou que esse momento é uma verdadeira celebração, pois demonstra que o cuidado com o solo, a agroecologia e a valorização humana podem prosperar em conjunto.
Lorena Sarmento, coordenadora do CAPS, enfatizou a parceria frutífera entre a gestão do prefeito Éden Duarte e a UFCG, ressaltando como o projeto tem envolvido todos os participantes em uma campanha vital para a valorização da vida. Além disso, ela destacou a importância de os familiares dos usuários conhecerem de perto as atividades transformadoras que seus entes queridos realizam no projeto.
Além dos participantes já mencionados, estiveram presentes no encontro de hoje os seguintes profissionais: Milena Freitas, educadora física; Natália Gomes, assistente social; Divanicio Albuquerque, psicólogo; Alexandre Limeira, artesão; Heloísa Karla, enfermeira e Rauy Cavalcante, técnico de enfermagem.
O Projeto Sumé com Flores é a prova de que, coletivamente, é possível cultivar não apenas plantas, mas também esperança, autoestima e um profundo amor pela vida. “Que neste Setembro Amarelo, a luz da prevenção ao suicídio possa brilhar com ainda mais intensidade em Sumé”, disse Adriana Meira.
Desde o dia 05, a equipe do CAPS e do Programa Saúde na Escola vem também desenvolvendo palestras na rede municipal e estadual de ensino. A programação é a seguinte:
- Quinta-feira, 14/09 – Pedal pela Vida com concentração na Praça José Américo as 17h;
- Quarta-feira, 20/09 – 8h na sede do CAPS no bairro da Várzea Redonda, palestra com a psiquiatra Dra. Rafaela Nóbrega sobre como prevenir o suicídio “Toda vida Importa”;
- Segunda-feira, 25/09 – 8h na Calçada do Sumé Shopping, blitz de conscientização com panfletagem, orientações e ofertas de serviços de saúde feitos pela equipe do CAPS e Atenção Básica;
- Quarta-feira, 27/09 – Palestra sobre prevenção ao suicídio no Colégio Estadual;
- Quinta-feira, 28/09 – Palestra sobre prevenção ao suicídio na Escola Agrotécnica no bairro Frei Damião.
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 38 pessoas no Brasil cometem suicídio por dia.
Praticamente 100% de todos os casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.