O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (30) os nomes de Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira para diretorias do Banco Central. Os nomes vão passar por sabatina no Senado e, caso aprovados, devem assumir a partir de 1º de janeiro de 2024. As indicações foram feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia indicado, em maio, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, e o servidor de carreira da instituição Ailton Aquino dos Santos para cargos no BC.
O comando do Banco Central é exercido pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e oito diretores (de Administração, de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, de Fiscalização, de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, de Política Econômica, de Política Monetária e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta).
Os diretores do BC têm mandatos fixos de dois anos, renováveis por mais dois. As indicações são feitas pelo presidente da República — duas por ano. A primeira indicação de cada diretor tem de passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e aprovados pelo plenário da Casa, trâmite dispensado em caso de renovação do mandato.
“Fico extremamente gratificado de poder ter sido o mediador desse convite e com a certeza absoluta de que são pessoas com uma grande contribuição a dar para o Banco Central”, afirmou Haddad durante o anúncio.
Caso aprovado em sabatina, Picchetti ficará na vaga da diretora de assuntos internacionais, Fernanda Guardado. Já Teixeira deve substituir Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.
Perfil
Picchetti é mestre em Economia pela Universidade de São Paulo e doutor em Economia pela University of Illinois System. Ele atua como professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e é conhecido por ser responsável pelos principais indicadores de inflação do país, função destacada por Haddad durante o anúncio.
Servidor de carreira do Banco Central, Teixeira é mestre e doutor em Economia pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (IPE-USP) e já atuou como professor na instituição.
Também já foi diretor-adjunto da Diretoria de Relações Internacionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atuou como assessor no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e como chefe de gabinete na prefeitura de São Paulo. Atualmente, é secretário especial adjunto de Análise Governamental na Casa Civil da Presidência da República.
FONTE: Portal Correio