O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (20) que a área econômica do governo federal prevê deflação no preço dos alimentos no primeiro semestre de 2024. A declaração foi dada antes de encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com produtores de frutas, na Granja do Torto, do qual Fávaro também participará.
Ao citar o arroz, item que teve aumento no preço nos últimos meses, o ministro destacou que o custo aos produtores já foi reduzido. Fávaro afirmou, contudo, não ter “bola de cristal” para saber quando os valores menores serão repassados ao consumidor final. A alta do preço dos alimentos refletiu na popularidade de Lula e levou o presidente a convocar uma reunião ministerial, na última segunda-feira (18).
No entanto, na semana passada, depois de reunião com Lula para discutir a pauta, o ministro tinha previsto que o valor do arroz começaria a ser reduzido nos supermercados a partir de abril. No mês passado, itens como cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%) influenciaram a manutenção da inflação em patamares elevados. Os resultados levaram o Executivo a traçar planos de ação e, na última semana, o presidente fez duas reuniões para discutir o preço dos alimentos — na segunda (11) e na quinta-feira (14).
Fávaro declarou que este encontro de Lula com fruticultores não vai discutir a alta dos preços dos alimentos. Trata-se, segundo o titular, de uma aproximação do governo com o setor agropecuário. O presidente já se reuniu com produtores de carne e planeja convidar, nas próximas semanas, representantes do café, algodão, floresta plantada e bioinsumos para confraternizações.
Na visão do ministro, a movimentação do Executivo em torno de aprimorar o relacionamento com o agronegócio já tem gerado frutos, embora não seja uma “paixão terrível”. A avaliação de Fávaro é que o cenário é melhor do que as condições encontradas por Lula no início do ano passado.
Na semana passada, Fávaro declarou que o preço do arroz já caiu para os produtores, mas só deve baixar para o consumidor quando os supermercados comprarem uma nova safra. “Ele [supermercado] tem de acabar esse estoque para comprar a nova safra. Que esse processo seja o mais rápido possível. De março para abril, já começa a cair”, afirmou.
“Os preços aos produtores já desceram de R$ 120 para R$ 100 a saca. O que esperamos que se transfira, essa baixa dos preços, que os atacadistas abaixem também nas gôndolas do supermercado, que é onde as pessoas compram”, completou Fávaro.
R7