O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) emitiu alerta na última quinta-feira (18) sobre falsários se passando por funcionários do órgão. A denúncia foi feita em São Paulo, por um servidor do instituto.
Os golpistas estavam se passando por servidores do órgão, indo até a casa das vítimas com falsos crachás para realizar a “prova de vida presencial”, solicitando dados e foto dos beneficiários.
O segurado deve ficar atento e nunca atender “funcionários” do instituto em suas casas. Isso porque o órgão não envia trabalhadores de porta em porta. Além disso, nenhum benefício será cortado neste ano por falta de prova de vida até o dia 31 de dezembro.
A prova de vida ou fé de vida mudou. Desde 2022 é obrigação do INSS comprovar que o beneficiário está vivo por meio do cruzamento de dados federais, estaduais, municipais e instituições, como vacinação, consultas médicas, empréstimo consignado e muitas outras formas.
O advogado Rômulo Saraiva diz que não é proibido um funcionário do INSS ir à casa de um beneficiário, mas que isso acontece em situações raríssimas e, ainda assim, a pessoa é notificada pelo aplicativo Meu INSS ou pela Central Telefônica 135.
Saraiva também diz que para saber se é um fraudador, é preciso ligar para a Central 135 ou abrir o aplicativo do INSS. “A melhor recomendação é repelir essa abordagem, porque 99% desses casos é fraude”, diz.
Caso a pessoa tenha passado as informações, é importante realizar um boletim de ocorrência e no aplicativo, bloquear a função de empréstimo consignado e alterar a senha do Meu INSS.
Segundo o INSS, o caso já foi levado à Procuradoria Federal Especializada que atua no órgão, mas ainda não foi possível localizar as pessoas que tentaram aplicar o golpe.
O que é a prova de vida do INSS?
A prova de vida ou fé de vida é a comprovação que o beneficiário do INSS continua vivo e pode continuar recebendo o benefício previdenciário. Evitando assim, fraudes e pagamentos indevidos.
O público-alvo são pensionistas, aposentados ou qualquer pessoa que receba algum benefício do governo.
Como é feita a prova de vida?
Agora é responsabilidade do INSS comprovar que o beneficiário está vivo. A prova é feita por meio do cruzamento de dados, que podem ser:
– Pelo aplicativo Meu INSS
– Empréstimo consignado, feito por reconhecimento biométrico
– Vacinação
– Votação nas eleições
– Consultas médicas através do SUS ou rede conveniada
– Atendimento presencial em agências do INSS
– Atualização no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal)
– Recebimento do pagamento de benefício
– Declaração de Imposto de Renda
O que acontece quando não se consegue fazer a prova de vida?
Caso o INSS não consiga comprovar que o segurado está vivo, o beneficiário será notificado pelo aplicativo Meu INSS, pela Central 135 ou por um comunicado do banco que realize em até 60 dias algum dos procedimentos listados para o cruzamento de dados, como uma consulta médica pelo SUS.
Se ainda assim não for comprovado ou o procedimento não seja realizado, então o INSS enviará um servidor até o endereço cadastrado para a realização para prova de vida.
A prova de vida é feita no mês do aniversário do segurado?
Segundo o INSS, desde a publicação da portaria 723, de 8 de março de 2024, a prova de vida não é mais no aniversário. Agora, o marco é a última prova de vida processada. A partir dessa data, o INSS tem dez meses para identificar que o segurado está vivo.
Como saber se minha prova de vida já foi realizada?
É possível obter essa informação no aplicativo ou site Meu INSS ou ligando para a Central de Atendimento telefônico 135 para verificar a data da última confirmação de vida do INSS.
Posso fazer a prova de vida no banco?
Apesar de não ser mais obrigatória, a pessoa poderá fazer a sua prova de vida na rede bancária, caso queria. Basta ir a uma agência da rede bancária.
FONTE: Portal Correio