O Exército israelense anunciou, nesta sexta-feira, que recuperou os corpos de três reféns que estavam na Faixa de Gaza desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Entre as vítimas confirmadas pelos militares está o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos.
O corpo de Nisenbaum foi recuperado durante uma operação conjunta dos serviços de inteligência de Israel em Jabalia, no norte do território palestino. Ele foi capturado durante o atentado terrorista de 7 de outubro, quando saiu para buscar a neta de quatro anos em uma base militar na cidade de Re’im, no sul do país, onde ela estava com o pai, um soldado do Exército israelense. Além dele, também foram resgatados os corpos do franco-mexicano Orión Hernández Radoux e do israelense Hanan Yablonka.
Ainda de acordo com o comunicado do Exército, os três reféns morreram durante o ataque do Hamas. Os combatentes que invadiram o território de Israel levaram os corpos deles para Gaza. É uma prática que se observou em conflitos anteriores na região, como na Segunda Guerra do Líbano — grupos rivais sequestram corpos de israelenses para envolvê-los em trocas por prisioneiros vivos.
As famílias das vítimas foram informadas da confirmação da morte dos familiares após os exames de identificação forense, segundo o Exército. A família de Nisenbaum divulgou um comunicado informando que o funeral do brasileiro será realizado no domingo, em Ashkelon.
“A recuperação dos seus corpos é um lembrete silencioso, mas resoluto, de que o Estado de Israel é obrigado a enviar imediatamente equipes de negociação com uma exigência clara de chegar a um acordo que devolverá rapidamente todos os reféns para casa: os vivos para reabilitação e os assassinados para enterro”, manifestou-se o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas em um comunicado nesta sexta-feira.
Yablonka, de 42 anos, e Hernández Radoux, de 32, estavam no festival de música Nova durante o ataque. A festa rave foi um dos alvos do ataque terrorista onde houve mais vítimas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sob crescente pressão interna para conseguir a libertação dos reféns que permanecem em cativeiro no território palestino, afirmou nesta sexta-feira em um comunicado que “ao lado do povo israelense, minha mulher Sara e eu inclinamos a cabeça com profunda dor e abraçamos as famílias em luto neste momento difícil”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou nesta sexta-feira na rede social X a “imensa tristeza” pela morte do refém franco-mexicano Orión Hernández Radoux.