Nos últimos dias, algumas regiões do país vêm sofrendo com altas temperaturas, agravadas pela terceira onda de calor que assola o Brasil em 2025. Segundo o Inmet (Instituo Nacional de Meteorologia), uma massa de ar quente avança pelo centro do país, impactando áreas do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste. Com a baixa umidade, os cuidados com a saúde devem ser redobrados, alertam órgãos do governo.
Em períodos de baixa umidade, o Ministério da Saúde alerta para o aumento do risco de doenças respiratórias e recomenda a ingestão de bastante água. A pasta também faz recomendações sobre o consumo de alimentos, indicando o preparo de verduras, legumes e frutas.
Entre 2000 e 2018, as ondas de calor mataram ao menos 48 mil pessoas no Brasil, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade de Lisboa. As mortes superam em mais de 20 vezes o número de fatalidades por deslizamentos de terra no período.
Veja cuidados
- Beba bastante líquido;
- Evite atividades físicas durante os períodos mais quentes e secos do dia;
- Evite exposição ao sol nas horas mais quentes;
- Use hidratante para a pele e umidifique o ambiente;
- Evite bebidas diuréticas, como café e álcool; e
- Em caso de dúvidas ligue para a Defesa Civil (telefone 199) ou ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Brasil registrou 20 ondas de calor desde 2023
Desde 2023, o país registrou 20 ondas de calor, com temperaturas que chegaram a 44,8°C. Segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas diárias superam em 5°C ou mais a média mensal durante, no mínimo, cinco dias consecutivos.
“Além disso, essas condições devem abranger uma área ampla, e não ser pontuais como tem ocorrido nos últimos dias”, informou o instituto em nota.
A primeira onda de calor de 2025 foi registrada entre 17 e 23 de janeiro, no Rio Grande do Sul. Na ocasião, as cidades de Quaraí (RS), Alegrete (RS) e São Borja (RS) registraram temperaturas entre 39,4°C e 42,4°C.
A segunda ocorrência, também na região gaúcha, aconteceu entre 2 e 12 de fevereiro. Durante esse período, as temperaturas variaram entre 41,8°C e 43,8°C nas cidades de Quaraí (RS), Uruguaiana (RS) e Campo Bom (RS).
Altas temperaturas
As altas temperaturas podem aumentar o risco de morte para idosos e pessoas com algumas doenças, aponta uma pesquisa da Fundação Fiocruz. Em períodos mais quentes, as chances de mortalidade entre idosos crescem 50%, principalmente em dias com 6 horas acima de 40°C e 3 horas acima de 44°C.
A pesquisa, feita pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, analisou todas as 466 mil mortes naturais ocorridas entre 2012 e 2024, e mais de 390 mil mortes por 17 causas selecionadas — das quais 12 tiveram alta considerável da mortalidade para idosos no calor extremo.
FONTE: Portal Correio