A Finlândia foi eleita, pelo oitavo ano consecutivo, o país mais feliz do mundo, segundo o Relatório Mundial da Felicidade, publicado na última quarta-feira (19) pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com o instituto Gallup e a Universidade de Oxford.
O ranking, que avalia a felicidade em 147 nações, destaca mais uma vez o domínio dos países nórdicos nas primeiras posições: a líder finlandesa é diretamente seguida pela Dinamarca, Islândia e Suécia — a Noruega ocupa a sétima posição.
O Brasil deu um salto de oito posições em relação à última edição, publicada no ano passado. O país alcançou o 36º lugar e se tornou a segunda nação mais feliz da América do Sul, atrás apenas do Uruguai, que ocupa a 29ª colocação.
O relatório considera seis fatores principais para classificar os países: PIB per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, percepção de liberdade, generosidade e níveis de corrupção.
Esses indicadores ajudam a explicar porque nações como a Finlândia se mantêm no topo. Especialistas atribuem o sucesso do país ao equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e a uma robusta política de bem-estar social.
Já o Afeganistão, afetado por décadas de conflitos e pelo retorno do Talibã ao poder, permaneceu na última posição (147º), com destaque para a maior infelicidade entre as mulheres.
Os 50 países mais felizes do mundo
1. Finlândia
2. Dinamarca
3. Islândia
4. Suécia
5. Holanda
6. Costa Rica
7. Noruega
8. Israel
9. Luxemburgo
10. México
11. Austrália
12. Nova Zelândia
13. Suíça
14. Bélgica
15. Irlanda
16. Lituânia
17. Áustria
18. Canadá
19. Eslovênia
19. Eslovênia
20. República Tcheca
21. Emirados Árabes Unidos
22. Alemanha
23. Reino Unido
24. Estados Unidos
25. Belize
26. Polônia
27. Taiwan
28. Uruguai
29. Kosovo
30. Kuwait
31. Sérvia
32. Arábia Saudita
33. França
34. Singapura
35. Romênia
36. Brasil
37. El Salvador
38. Espanha
39. Estônia
40. Itália
41. Panamá
42. Argentina
43. Cazaquistão
44. Guatemala
45. Chile
46. Vietnã
47. Nicarágua
48. Malta
49. Tailândia
50. Eslováquia
Destaques e surpresas no ranking
Pela primeira vez, dois países latino-americanos entraram no top 10: Costa Rica (6º) e México (10º). Na Europa, Lituânia (16º), Eslovênia (19º) e República Tcheca (20º) continuam em ascensão. O relatório também apontou Sérvia (31º), Bulgária (81º) e Geórgia (91º) como os países que mais avançaram em felicidade desde 2012.
Os Estados Unidos caíram para o 24º lugar, sua pior colocação desde 2012. Segundo a ONU, o número de refeições feitas na companhia de outras pessoas é um fator determinante para o bem-estar em todo o mundo.
Essa é uma das razões do declínio norte-americano: no país, 53% das pessoas têm jantado sozinhas nas últimas duas décadas. Outro fator, segundo o relatório, é a queda na confiança social, que alimenta a polarização política.
O que explica a felicidade?
O relatório revelou que lares com quatro ou cinco pessoas estão entre os mais felizes no México e na Europa, o que sugere que as conexões sociais são importantes para a felicidade.
Generosidade e gentileza também foram associadas a menores taxas de mortes por desespero, como suicídios e overdoses. Para os pesquisadores, o apoio social é o principal preditor de felicidade: sentir que há alguém com quem contar faz toda a diferença.
No caso do Brasil, o avanço no ranking superou o Chile, que caiu de 38º para 45º, enquanto a Argentina ficou em 42º. A melhora brasileira pode refletir avanços em indicadores como expectativa de vida e percepção de apoio social, de acordo com o relatório.
Em outra pesquisa sobre o índice de felicidade ao redor do mundo, divulgada na terça-feira (18) por um instituto privado da França, o Brasil figura no 5º lugar do ranking geral, atrás de Índia, Noruega, México e Indonésia.
Como o ranking é feito?
Os dados do Relatório Mundial da Felicidade vêm da Pesquisa Mundial Gallup, que coleta respostas de mais de 100 mil pessoas globalmente.
Os participantes avaliam sua felicidade em uma escala de zero a 10, imaginando uma escada onde o degrau mais baixo representa a pior vida possível e o mais alto, a melhor.
A análise combina essas respostas com os seis fatores-chave já mencionados, oferecendo um panorama detalhado do bem-estar mundial.
FONTE: Portal Correio