Defesa de Cunha diz que não há risco à investigação e pede liberdade

Os advogados que defendem o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) protocolaram um documento no sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná, na noite de terça-feira (7), solicitando a liberdade do cliente.

A defesa argumentou que a instrução do processo já terminou e que, portanto, não haveria mais riscos à investigação. Até a manhã desta quarta-feira (8), o juiz não tinha se manifestado sobre o pedido.

“Nessa fase processual, após cinco meses de prisão cautelar, com a instrução das duas ações penais próximas ao fim e com a intenção manifestada por ambos os acusados de esclarecer os fatos, reputo não mais absolutamente necessária a manutenção da prisão preventiva, sendo viável substitui-la por medidas cautelares alternativas”, disse a defesa.

Pedido à família sobre exame
Já nesta quarta, a defesa de Cunha informou que pediu à família os exames que diagnosticaram o aneurisma dele. A documentação deve ser juntada ao processo.

Cunha disse, em depoimento prestado à Justiça na tarde de terça-feira (7), que tem um aneurisma cerebral parecido com o que teve a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva. Dona Marisa morreu na sexta-feira (3).

O deputado cassado negou participação em esquema de propinas e citou que o presidente Michel Temer teve influência em nomeações para cargos para a Petrobras

Cunha foi ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, dentro de uma ação penal oriunda da Operação Lava Jato, em que o deputado cassado é réu.

“Eu gostaria de dizer que eu também sofro do mesmo mal que acometeu a ex-primeira dama Marisa Letícia, o aneurisma cerebral. Aproveito até para prestar à minha solidariedade a família pelo passamento”, disse o ex-presidente da Câmara.

Por conta da afirmação, Cunha teve exames marcados para esta quarta-feira (8) para verificar seu quadro clínico, segundo o diretor do Departamento Penitenciário (Depen) do Paraná, Luiz Alberto Cartaxo.

Primeiro interrogatório
Esta foi a primeira vez que o deputado cassado foi interrogado por Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância. Foram três horas de audiência, que começou às 15h e terminou por volta das 18h.

Preso em 19 de outubro, em Brasília, o ex-presidente da Câmara é acusado de receber propina de contrato da Petrobras para exploração de petróleo no Benin, na África, e usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Eduardo Cunha está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana da capital paranaense.

CARIRI EM AÇÃO

Com G1 / Foto: Google Imagens

Leia mais notícias em caririemacao.com, siga nossa página no Facebook e veja nossas matérias e fotos. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Cariri em Ação pelo WhatsApp (83) 9 9634.5791, (83) 9 9601-1162 ou (83) 9 99418939.