No Sertão, quando a chuva vem, a paisagem muda completamente. O verde reflete no espelho das águas dos açudes que agora estão reabastecidos.
– Especialmente aqui nestes três municípios Sousa, Nazarezinho e Maraisópolis, tem caído uma precipitação maior nestes dois meses de janeiro e fevereiro, e agora na entrada de março. Então tem chovido nessa região, tem caído boas precipitações – disse José Marques, engenheiro agrícola da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer).
Em Coremas, o açude que leva o nome da mesma cidade tem atualmente mais de 70 milhões de metros cúbicos de água.
Já em Sousa, no Alto Sertão do Estado, o açude de São Gonçalo está com 80% da capacidade.
A correnteza no rio do Peixe já avisa que a época é de fartura.
A felicidade é completa para o gado e para os pássaros.
Sem falar no agricultor, que passa a ter boas perspectivas.
– 90% dos agricultores já realizaram seu plantio, receberam sementes selecionadas, plantaram as sementes de milho, feijão e também do sorgo forrageiro para alimentação do rebanho. Então nós acreditamos que esse ano, se continuar com essas boas chuvas que vem caindo, vai dar uma boa condição aos nossos agricultores – disse o engenheiro da Empaer.
Em Patos, o açude Jatobá está quase chegando na metade do volume.
Já o açude da Farinha está acima dos 70% da capacidade.
Quem passa a semana trabalhando dá um jeito de passar por lá algum dia da semana. Dá até para pescar um peixe, que há muito tempo não tinha em tanta quantidade.
– Isso aqui é uma benção para a gente. É uma benção enorme. Enorme mesmo, né. Graças a Deus, a gente está muito feliz. Não só eu, como toda a população de Patos, né, em geral, e o Sertão em si – disse o pescador Paulo Sérgio.
O sertanejo fica admirando a paisagem.
Até o céu parece observar as cores de uma natureza que fica mais viva. É um presente que vem em forma de chuva para o povo trabalhador, que por muitas vezes tira do chão o seu sustento e agradece: “Obrigado meu Deus por tanta riqueza!”.