“Mãe, olha o que meu irmão tá fazendo”, “Mãe, eu quero brincar na praça”, “Mãe, eu não aguento mais ficar em casa”, essas são algumas frases que muitas mamães têm ouvido ao longo desses dias de quarentena. Explicar aos pequenos o momento que o país vem enfrentando nem sempre é uma tarefa que surte efeito, tendo em vista que alguns ainda não possuem idade para compreender o que é uma pandemia, suas restrições e consequências.
Por outro lado, para mamães e papais buscar entreter as crianças em casa por tantas horas seguidas é um grande desafio. A pediatra do Hospital do Hapvida em João Pessoa, Ivna Toscano reforça a ideia de “quarentena não é férias” e explica o que pode ser feito para que os pequenos não fiquem entediados.
“Neste momento o importante é procurar entreter as crianças com atividades recreativas e pedagógicas, evitando que elas fiquem entediadas, agitadas ou gaste todo o tempo nas telas”, orienta.
A pediatra explica que as atividades podem variar de acordo com a idade da criança e é preciso levar em consideração o que a criança mais gosta. Além disso, buscando inovar na brincadeira.
“Na internet se encontra vários jogos, dinâmicas e brincadeiras que podem ser feitas com material reciclado, experimentos que podem ser realizados com ingredientes presentes na nossa ‘feira’ e diversos materiais para contar histórias, fazer bonecos, colagem, pintura e etc. O segredo é usar a criatividade e se divertir também”, sugere.
Outra preocupação dos pais neste período de quarentena é em relação ao ritmo com as atividades escolares. Sendo assim, a pediatra afirma que os responsáveis pela criança que está em casa devem buscar também desenvolver atividades pedagógicas adequadas para faixa etária com o intuito de treinar a concentração dos pequenos.
“Algumas escolas disponibilizaram materiais para esse período de quarentena, mas em situações em que a escola não tenha disponibilizado procure o assunto estudado nesse início de ano e atividades compatíveis para sedimentar o conhecimento em sala de aula”, recomenda.
O uso das telas neste período é algo que tem provocado certo receio nos pais também. Diante de tal situação, a pediatra assegura que o ideal seria seguir as recomendações de uso de telas para cada faixa etária. Menores de dois anos não devem ser expostos a tela; entre dois e cinco anos, até uma hora por dia e acima de cinco anos 2 horas por dia.
“Nesse período será difícil mantê-los sem tela por tanto tempo, mas procure organizar um ‘cinema em casa’, jogos onde toda a família possa participar e etc”, indica.
Atenção redobrada – Ivna Toscano aproveita a oportunidade para fazer um alerta às mamães e papais, no sentido, de assegurar segurança as crianças, seja na hora de desenvolver atividades e de uma maneira geral também.
“Os cuidados devem ser tomados, como evitar brincadeiras em piscinas ou balde sem supervisão, evitar contato com eletricidade e fogo. Sempre que possível supervisione a brincadeira e participe”, conclui.