Fechamento de restaurantes: Caminhoneiros têm passado necessidade nas estradas


Viajar pelas estradas do país e não encontrar restaurantes e pousadas abertas para se alimentar e descansar. Esta tem sido parte da rotina de muitos caminhoneiros brasileiros, após a pandemia do novo coronavírus.

O que antes era encontrado com bastante frequência e facilidade, após a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de isolamento social, e os decretos dos governos estaduais e municipais para que estabelecimentos não essenciais permaneçam fechados, tem causado revolta dos motoristas. É que muitos têm passado fome nas estradas, por não achar estabelecimentos abertos na hora do almoço e jantar.

À Rádio Campina FM, o presidente da Associação dos Caminhoneiros Autônomos de Campina Grande, Albério Lima, disse que muitos já pensaram em paralisar as atividades, mas veem que, caso isso ocorra, a situação do país vai piorar.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ele destacou que as determinações pegaram os profissionais de surpresa e a categoria sequer teve o apoio e orientação do governo federal na prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus.

Albério questionou a não distribuição de álcool em gel e máscaras aos profissionais, no sentido de evitar o contágio da doença. Ainda apelou que os governantes liberem a abertura de restaurantes e pousadas em rodovias para que possam se alimentar e descansar.

– Nos pegou de surpresa. Sabemos o perigo que é de viajar, contrair a doença e levar para dentro de nossas casas. Apelamos aos governantes que olhem por nós. Muitos caminhoneiros têm viajado e ficado sem se alimentar porque os restaurantes estão fechados. Estamos sem ponto de apoio e muitos têm passado fome – contou.

O representante dos caminhoneiros autônomos ressaltou que, em alguns lugares, os caminhoneiros ainda podem contar com a solidariedade de pessoas que levam comida e material de higiene, mas em outros nem isso se consegue.