Em videoconferência, entidades médicas e governador da Paraíba discutem soluções para contratação de profissionais

Representantes do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica da Paraíba (AMPB) e da Unimed João Pessoa participaram, nessa terça-feira (12), de uma videoconferência com o governador, João Azevêdo, para discutir a contratação de médicos especialistas para os hospitais de referência ao atendimento de Covid-19 no Estado.

De acordo com os representantes das entidades, um dos entraves para a adesão dos profissionais aos editais é a falta de garantias, por parte do poder público, nos casos de afastamento por motivos de saúde. Como têm sido crescentes os casos de profissionais de saúde infectados pelo coronavírus e que são obrigados a se afastar de suas atividades, as entidades solicitam que o governo ofereça garantias de remuneração, mesmo com o afastamento. “Não se abandona um soldado ferido no campo de batalha”, afirmou o vice-presidente da AMPB, Ronald Farias.

As entidades médicas sugeriram que, numa crise sanitária dessa magnitude, os editais para contratação sejam simplificados, possibilitando que os melhores especialistas em neurocirurgia, anestesiologia, medicina intensiva e cardiologia possam ser contratados.  “O CRM-PB e a AMPB reforçaram com o governador o compromisso de ajudar no quer for necessário para o enfrentamento da epidemia, sabendo que cabe ao governador, autoridade maior, a decisão de conduzir a Paraíba nesse momento tão difícil”, destacou o presidente do CRM-PB, Roberto Magliano.

O presidente da Unimed João Pessoa, Gualter Ramalho, se dispôs a transferir todas as informações, protocolos de tratamento, logística e conhecimento científico aplicados com sucesso no Hospital Alberto Urquiza Wanderley para o estado da Paraíba. “A hora é de jogarmos como um time. Estamos dispostos a transferir, ao Governo do Estado, toda tecnologia e protocolos de tratamento que tem sido utilizados com sucesso e salvado vidas, em particular nas unidades de terapia intensiva”, disse.