Gilmar diz que estimular invasão de hospital é crime, e Carlos Bolsonaro se refere a ministro como ‘doente mental’

Na mesma rede social, embora sem citar nominalmente Gilmar, ele se referiu ao ministro como “bandido ou um doente mental”.

“Invadir hospitais é crime –estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso –para não dizer ridículo– que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública”, escreveu Gilmar no Twitter, na manhã deste domingo.

Na quinta-feira (11), o presidente Bolsonaro pediu aos seus seguidores nas redes sociais que filmem o interior de hospitais públicos e de campanha para averiguar se os leitos de emergência estão livres ou ocupados.Em live nas redes sociais, o presidente defendeu que, caso as imagens demonstrem alguma anormalidade, elas sejam enviadas ao governo federal, que o repassará para a Polícia Federal ou para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para que sejam investigadas.

A entrada em unidades de saúde sem autorização não é permitida.O gesto, além de constranger os pacientes, coloca o visitante em risco de contaminação, sobretudo em meio à pandemia de coronavírus. As autoridades de saúde têm recomendado que as pessoas evitem unidades hospitalares para diminuir as chances de contágio.

A fala de Bolsonaro provocou repúdio entre médicos, governadores e parlamentares, que apontaram os transtornos que as invasões podem causar para pacientes e profissionais e o risco de infecção dos próprios apoiadores do presidente.Poucas horas depois da mensagem de Gilmar, o vereador Carlos Bolsonaro saiu em defesa do pai no Twitter.

“Só um bandido ou um doente mental para minimamente crer que o Presidente incentivou invasão a hospitais ao invés de entender que o citado foi para que cidadãos cumpram seu direito de fiscalizar os gastos públicos!”, escreveu.