Campina Grande é a cidade com maior poder de propagação do coronavírus, afirma secretário estadual

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está de olho nos municípios que não estão cumprindo o alerta das bandeiras determinadas pelo decreto do governo do Estado, em relação ao que deve e o que não deve ser flexibilizado pelos prefeitos como forma de conter a contaminação do coronavírus.

Um dos municípios advertido é Campina Grande, além de Patos e Guarabira.

O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros informou que a maioria dos prefeitos tem seguido as orientações da Secretaria Estadual de Saúde, mas em algumas cidades os gestores, desde o início, não seguem as determinações e hoje são as que têm maior R, ou seja, com poder de propagação e transmissibilidade do coronavírus.

“Campina Grande hoje é a cidade de maior poder de propagação do vírus, infelizmente, e nós teremos, ao longo de 15 dias, um aumento substancial no número de casos novos confirmados e de mortes”, disse.

Em relação à região de João Pessoa, o secretário afirmou que esta área deverá passar por um decréscimo no número de casos, mas poderá voltar a crescer se a população não obedecer as regras de isolamento e de higiene, que precisam ser contínuas.

“É preciso que as pessoas entendam que essa pandemia ocorre no país inteiro e no Estado em ondas alternantes nos municípios. Elas não ocorrem simultaneamente”, disse acrescentando que este fato já aconteceu na Grande João Pessoa, que foi o centro da pandemia por várias semanas e depois o vírus se alastrou pelo interior do Estado.

Segundo ele, na região metropolitana, principalmente na Capital, há uma tendência de estabilização e, brevemente, haverá um decréscimo no número de casos, porque já atingiu muitas pessoas que agora estão imunizadas.

“Nesse momento de flexibilização lenta e gradual, eu gosto de enfatizar que as pessoas não devem entender que todos já podem circular pelas ruas, pela orla marítima e liberar tudo, não é isso. Se isso acontecer, vamos ter que retroagir, como está acontecendo em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e no interior do Rio Grande do Sul, e é isso que estamos tentando evitar na Paraíba”, alertou.

PB Online