Os dados são da pesquisa Pnad Covid, criada pelo instituto para identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. Nesta sexta, o IBGE divulgou informações relativas ao período entre os dias 31 de maio e 6 de junho.
Segundo a pesquisa, 13,5 milhões de trabalhadores (o equivalente a 16,1% da população ocupada)estavam afastados do trabalho na primeira semana de junho. São 3,1 milhões a menos do que um mês antes e 1,1 milhão a menos do que o verificado na semana anterior.
O IBGE não analisou os motivos da queda, mas o movimento coincide com o retorno das atividades de atividades comerciais e de serviços em estados que relaxaram as medidas de isolamento social e com a retomada da produção de importantes setores industriais, como o automobilístico.
Os dados indicam que não houve melhoria do emprego. A população ocupada na primeira semana de junho (83,7 milhões de pessoas) ficou praticamente estável em relação à semana anterior (84,4 milhões de pessoas) e à primeira semana de maio (83,9 milhões).
Assim, o nível de ocupação no início de junho foi de 49,3% (isto é, pouco menos da metade da população em idade de trabalhar tinha emprego naquela semana).
Na última semana de maio, era de 49,7% e na primeira de maio, 49,4%. Taxas menores que 50% estão sendo vistas pela primeira vez na história durante a pandemia.
A população desempregada no país era de 11,2 milhões de pessoas na primeira semana de junho, praticamente estável em relação aos 10,9 milhões verificados na semana anterior. Em comparação com a primeira semana de maio (9,8 milhões de pessoas), houve crescimento.