Jair Bolsonaro disse ter começado a fazer uso de hidroxicloroquina com azitromicina na segunda-feira, um dia antes de ser diagnosticado com o novo coronavírus, mesmo com o fato de as substâncias não serem recomendadas para tratar a Covid-19. Na terça, pouco depois de o presidente confirmar que foi infectado, a Organização Mundial da Saúde, mais uma vez, reforçou a ineficácia da cloroquina, cujos testes já foram encerrados pela entidade. O presidente está fazendo eletrocardiogramas diariamente para monitorar a frequência cardíaca e acompanhar possíveis efeitos colaterais da cloroquina.
Cinco dias antes de testar positivo para Covid-19, Bolsonaro já tossia em live com seis pessoas.
Bolsonaro, que postou ontem um vídeo tomando café e afirmando que está bem, deve fazer um novo exame de Covid-19 na próxima segunda-feira. Médicos que acompanham o estado de saúde do presidente indicam que o teste deve ser refeito após sete dias do primeiro resultado. Essa próxima checagem vai confirmar se ele continuará testando positivo e se precisará permanecer em isolamento no Palácio da Alvorada.
A equipe médica da Presidência que monitora Bolsonaro afirma que ele não sofre de comorbidades, que são doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e tuberculose, entre outras. Esses especialistas afirmam que o único fator de risco que Bolsonaro apresenta é a questão do avanço da idade: ele completou 65 anos em março.
Anteontem, após o presidente confirmar que havia sido contaminado pelo novo coronavírus, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que realizou uma “limpeza minuciosa” no gabinete de Bolsonaro. O mal-estar, segundo o presidente, começou no domingo, mas, cinco dias antes de anunciar o diagnóstico, ele apareceu tossindo em uma live com outras seis pessoas. Os sintomas mais comuns da Covid-19 são febre, tosse seca e cansaço, segundo a OMS. A transmissão do vírus ocorre pelas partículas que se desprendem quando pessoas contaminadas tossem ou espirram.